Carolina
Lopes
A semana foi agitada no recém-inaugurado Museu
da Língua Portuguesa. 300 professores da rede municipal
de ensino visitaram durante duas horas o local com o intuito
de apropriar-se do conhecimento do museu e levá-lo
adiante para dentro da sala de aula. A visita faz parte do
projeto o Centro
pode ser uma sala de aula, desenvolvido pela Secretaria
Municipal de Educação e Subprefeitura da Sé,
que visa formar educadores comunitários.
Durante a visita, conduzida por monitores do próprio
museu, os professores tiveram acesso a todo o conhecimento
e infra-estrutura do local. Com recursos tecnológicos
altamente avançados, a visita trouxe aos professores
noções da origem da língua e de seu fenômeno
de mestiçagem, de antologia da literatura brasileira,
de identidade cultural e outros conhecimentos relativos à
nossa língua. Tudo isso apresentado da forma mais dinâmica
e interativa possível, com direito a jogos, filmes,
escritos e outros.
A coordenadora pedagógica Vera Lúcia Vicenciato
Romani, uma das participantes do projeto vinculado da Subprefeitura
da Sé, não esconde o entusiasmo: “foi
uma vivência ímpar, para se repensar a importância
da língua. Muitas vezes a gente não se apropria
dela, não entende que é condição
sinequanon (indispensável) de nossa cultura. Fiquei
maravilhada”.
Vera, que visitou ontem o museu declarou querer iniciar um
projeto na escola em que trabalha de reconhecimento e estudo
da obra de Guimarães
Rosa , autor tema da inauguração do museu.
“Vou levar meus alunos ao museu”, afirmou.
Ana Maria de Fátima de Melo Bonini, diretora de escola
infantil do centro da capital, que também participou
da visita, demonstrou diante da experiência o mesmo
deslumbramento da colega: “Tive o prazer, a oportunidade
de participar dessa atividade. Superou qualquer expectativa.
A forma como eles apresentam a leitura é inovadora.
Eu nunca vi nada igual. Isso porque eles rompem olhares já
pelo modo que o visitante se posiciona para ler certas partes
do museu. Eu nunca li a obra, mas sai extremamente motivada
a ler”, confessa a educadora, que também promete
levar o conhecimento para a sala de aula.
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