Erika Vieira
Os profissionais do Hospital das Clínicas de São
Paulo (HC) estão promovendo mutirão de atendimento
aos finais de semana. O objetivo é mobilizar toda a
equipe para reduzir o tempo dos pacientes na fila de espera
de tratamento.
"Mutirão é um esforço concentrado
para mobilizar recurso humano especializado e qualificado
para aumentar a qualidade do sistema”, fala o Diretor
executivo do Instituto Central do HC, Waldemir Washington
Rezende. A medida foi adotada a partir da necessidade de atender
a população com mais agilidade. Proposta que
deu certo, segundo o Doutor Rezende em um dia normal de atendimento
são realizadas em média três cirurgias
por sala, já no mutirão esse número dobra
para seis por dia.
O atendimento é agilizado em função
da equipe médica acionada se preparar apenas para operar
um determinado tipo de doença, assim há maior
rotatividade nas salas e equipes de cirurgia. Até o
trânsito também contribui para a rapidez, já
que aos sábados e domingos o movimento de carros é
menor e o paciente pode ser transportado em menos tempo, lembra
Doutor Rezende.
A equipe de oftalmologia é a maior motivada em promover
o mutirão. No Brasil há cerca de 500 mil pacientes
potencialmente em condição de fazer a cirurgia
de catarata. Cada mutirão de oftalmologia atrai 4000
pessoas, sendo que 10% a 15% têm catarata. Só
neste ano o HC realizou 2005 cirurgias dessa doença.
Outro exemplo de eficiência desse sistema de atendimento
é no tratamento de amídala, 140 operações
foram feitas no mutirão. Exames e consultas também
são oferecidos pelos profissionais que trabalham voluntariamente
nesses finais de semana. “A equipe médica vem
em amor ao caso”, diz o Diretor do Instituto Central.
Com a implantação do mutirão o tempo
de espera de atendimento de muitos setores já entrou
na rotina normal, liberando vagas para a Secretaria de Saúde
encaminhar mais casos para o hospital. Resultados tão
positivos faz com que a próxima meta para 2006 seja
ter mutirão de segunda a domingo.
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