Um conjunto habitacional rodeado por um parque
de 123 mil m2, com pista de cooper, quadras, posto policial
e creche. Essa será a descrição, dentro
de alguns meses, do local onde hoje fica a favela do Gato,
segundo projeto apresentado pela Prefeitura de São
Paulo na noite de ontem.
"É um novo modelo
de intervenção em favelas, que chega com tudo
o que é preciso para a população se reestruturar",
disse a prefeita Marta Suplicy (PT), no evento em que firmou
uma parceria com o grupo hoteleiro Accor para a construção
de um CEI (Centro de Educação Infantil), no
local.
A favela, localizada no Bom
Retiro (centro), reúne 396 famílias à
beira do rio Tamanduateí. Para transformá-la
em um condomínio-parque, como anunciado, serão
necessários R$ 12 milhões -pagos com recursos
do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
A meta é entregar a obra
no segundo semestre do próximo ano. Durante esse período,
alguns moradores permanecerão em seus barracos e outros
serão temporariamente transferidos para alojamentos
ao lado do local.
Para ocupar as novas unidades
habitacionais (486 apartamentos, em prédios de quatro
andares), as famílias entrarão no programa de
Locação Social, no qual a parcela cobrada é
calculada conforme a renda familiar.
Segundo o secretário
da Habitação, Paulo Teixeira, a principal novidade
do projeto é a integração de programas
sociais, culturais e de geração de renda ao
processo de urbanização da favela.
Além do parque, o condomínio
contará com um posto policial, outro de primeiros-socorros
e um centro comercial. O Centro Esportivo Municipal, que abriga
o Estádio de Beisebol Mie Nishi, será reformado.
O projeto também inclui orientação para
que os catadores de papel que moram na favela se agreguem
à cooperativa da Central de Triagem da Sé ou
no projeto Boracea.
Creches
Um CEI com capacidade para 200 crianças de zero a seis
anos será construída em parceria com o grupo
Accor no Brasil. A creche custará cerca de R$ 1,2 milhão
e deve ser concluída até agosto do próximo
ano.
A parceria foi firmada com a Ticket,
uma das unidades de negócio do grupo Accor, por meio
do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Fumcad).
Pela lei, as empresas podem deduzir do imposto de renda o
valor investido em obras sociais desde que essa dedução
não ultrapasse 1% do valor do imposto.
A prefeitura já realizou, via
Fumcad, parceria com a Telefônica e com o grupo Safra
para a construção de duas outras creches, em
Pirituba (zona norte de São Paulo).
Informações da Folha de
S.Paulo
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