São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008 |
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Crítica/"O Reino Proibido" Com lutas de pouco impacto, filme não oferece o melhor de Jet Li e Jackie Chan DO CRÍTICO DA FOLHA
Anunciado há tempos
como "projeto J&J", "O
Reino Proibido" foi especialmente concebido para
reunir, pela primeira vez no cinema, os dois maiores astros de
filmes de artes marciais em atividade. Mas a promessa de oferecer aos fãs do gênero o melhor de Jet Li e Jackie Chan é
cumprida apenas em parte.
No balanço final, "O Reino
Proibido" até consegue deixar o
gostinho de uma boa "Sessão da
Tarde". Mas a simplicidade
com que a história é desenvolvida, a falta de ambição épica
-algo que um projeto como esse poderia tranqüilamente suscitar- e o carisma dos atores
principais -especialmente de
Jackie Chan, o Didi Mocó dos
filmes de luta- garantem ao filme dose mínima de simpatia.
Tudo é bem básico. Jason
(Michael Angarano), um adolescente de Boston apaixonado
por filmes de kung fu, é forçado
por uma gangue a participar de
um assalto à loja do velho chinês onde ele compra DVDs antigos. Em um momento de perigo, Jason se agarra a um bastão milenar que pertencia ao
velho e termina acordando na
China antiga, onde viverá um
treinamento disfarçado de
aventura, sob a dupla orientação dos monges-guerreiros interpretados por Li e Chan.
Não dá para entender muito
bem por que a direção ficou sob
a responsabilidade de Rob
Minkoff, cujo currículo inclui a
animação "O Rei Leão" e os
dois filmes do ratinho Stuart
Little. A experiência de Minkoff pode garantir uma boa comunicação com as crianças e
adolescentes, mas sua pouca
habilidade com a câmera compromete o projeto em um de
seus aspectos essenciais: a qualidade da filmagem das lutas.
Não raro, elas perdem impacto
pelo uso excessivo de efeitos e
firulas, quando a objetividade é
uma qualidade essencial para o
gênero.
O REINO PROIBIDO
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