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Ato apóia juiz que condenou entrevista de pré-candidato
Desagravo é extensivo a quatro promotores que representaram contra jornais e revistas acusados de propaganda antecipada
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) e a APMP
(Associação Paulista do Ministério Público) realizaram ontem um ato de desagravo ao
juiz Francisco Carlos Shintate
e a quatro promotores de Justiça que foram criticados por terem considerado propaganda
eleitoral antecipada algumas
entrevistas publicadas com
pré-candidatos sobre plataforma de campanha.
Para cerca de 80 pessoas, o
presidente da Apamagis, desembargador Henrique Nelson
Calandra, afirmou que o ato
não era contra os veículos de
comunicação, mas contra as
críticas pessoais que, segundo
ele, atingiram a honra do magistrado e dos promotores.
O que mais irritou a categoria
foi uma entrevista concedida
pelo ex-ministro da Justiça
Saulo Ramos à Folha, que atribuiu o entendimento do juiz e
dos promotores Eduardo
Rheingantz, Maria Amélia
Nardy Pereira, Patrícia Aude e
Yolanda de Matos a uma suposta falta de escolaridade.
Histórico
No ato, os magistrados frisaram que Shintate, o juiz que
condenou veículos de comunicação e pré-candidatos, sempre
se destacou nos estudos.
Em 1982, com 14 anos e na oitava série (nono ano), passou
no vestibular para a Faculdade
de Direito da USP (Universidade de São Paulo), uma das mais
concorridas do país.
Em 1983 e 1984, foi aprovado
em diversas faculdades, sempre com boa colocação. Em
1985, quando concluiu o ensino
médio, ficou em 47º lugar na
Faculdade de Direito da USP e
em primeiro lugar em medicina
da Santa Casa e da PUC (Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo) de Sorocaba.
Shintate disse ter ficado contente com o ato e que não iria
comentar as críticas recebidas.
Compareceram ao ato, entre
outros, o ex-governador Luiz
Antonio Fleury Filho (PMDB),
o deputado estadual Fernando
Capez (PSDB), o presidente da
APMP, procurador de Justiça
Washington Barra, o conselheiro do TCE-SP (Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo)
Cláudio Alvarenga (sogro de
Shintate), a procuradora Janice Ascari e o desembargador
aposentado Álvaro Lazzarini.
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