|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ECONOMIA
54% dos eleitores esperam inflação maior, e 48% acreditam que desemprego vai aumentar; avaliação era pior em julho
Cai pessimismo sobre futuro da economia
DA REPORTAGEM LOCAL
Diminiu a expectativa pessimista dos brasileiros em relação a
dois temas econômicos cruciais:
desemprego e inflação. No início
de julho, quando o dólar encostou
na cotação de R$ 3 e começou a
crise financeira, 65% dos entrevistados pelo Datafolha diziam esperar o aumento da inflação, e 63%
o aumento do desemprego.
No levantamento de anteontem, caiu para 54% o percentual
dos que esperam inflação maior
(redução de 11 pontos percentuais) e para 48% aqueles que dizem que o desemprego vai crescer
(queda de 15 pontos).
Se analisados os percentuais a
partir da opção de voto, está entre
os que se dizem eleitores de Luiz
Inácio Lula (PT) o maior percentual dos que acreditam que a inflação vai cair (11%). Entre os que
afirmam votar em José Serra
(PSDB) essa taxa é de 6%, e em Ciro Gomes (PPS) de 9%.
Entre os eleitores do tucano,
que tem como um das bandeiras
de campanha e do marketing eleitoral a criação de postos de trabalho, está a menor taxa dos que
acreditam que o desemprego aumentará (44%). Esse índice é de
48% entre os que votam em Lula e
de 50% entre os eleitores de Ciro.
Poder de compra
Quando questionados sobre o
poder de compra do salário em
julho, 25% afirmavam que iria aumentar, 39% que diminuiria e
31% que seria mantido igual.
Agora 28% avaliam que aumentará, 32% dizem que diminuirá e
30% que continuará igual. Ou seja, também nesse quesito houve
redução do pessimismo.
Situação econômica
O Datafolha pediu que os entrevistados avaliassem de uma maneira geral o que esperam da economia do país. Caiu de 32% para
28% -na comparação com pesquisa de 12 dias atrás- o percentual daqueles que acham que vai
melhorar.
Os que afirmam que piorará tiveram uma oscilação dentro da
margem de erro -eram 26% antes e são 27% agora. Para 36%, a
situação ficará como está (eram
34% no último levantamento).
Se questionados sobre sua situação pessoal, os brasileiros são
bem mais otimistas do que em relação ao país: 42% acham que vão
melhorar, 15% que vão piorar e
38% que ficarão como estão.
Plano Real
A avaliação do Plano Real, depois de oito anos que foi implantado, continua estável.
É aprovado por 39% dos entrevistados -uma oscilação negativa de dois pontos percentuais em
comparação com o levantamento
anterior.
O percentual daqueles que afirmam que o plano é regular também oscilou dentro da margem
de erro de 37% para 36%.
A taxa dos que classificam o Plano Real como ruim ou péssimo
passou de 22% para 23%, variação de um ponto percentual.
A avaliação é melhor entre as
classes mais bem remuneradas:
para 45% dos que ganham acima
de R$ 2.000 o plano é ótimo ou
bom. Entre os que ganham até R$
1.000 está a maior taxa dos que
avaliam o plano como ruim/péssimo (25%). Nessa pesquisa, o
Datafolha ouviu 2.581 pessoas, em
148 municípios.
Texto Anterior: Dos que viram o horário eleitoral, 17% mudaram voto Próximo Texto: Avaliação de FHC permanece estável Índice
|