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CAMPANHA
"Meu marido é maravilhoso", declarou Patrícia Pillar, rebatendo críticas de feministas ao comportamento do candidato
Ciro pede desculpas e Patrícia o defende
LUIZA DAMÉ
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
Manifestações de carinho entre
Ciro Gomes e a mulher, Patrícia
Pillar, marcaram a passagem do
candidato por Belo Horizonte ontem. Patrícia disse que não se sentia ofendida pelas declarações do
marido sobre seu papel na campanha. Na véspera, o presidenciável do PPS disse que ela "tinha um
dos papéis mais importantes, que
é dormir comigo".
"Meu marido é maravilhoso",
disse Patrícia, rebatendo críticas
de feministas ao comportamento
de Ciro: "Se tivessem o marido
que tenho, não saíam falando isso". E completou, com críticas veladas aos adversários de Ciro: "Ele
é um homem verdadeiro, não é
empacotado para venda, para uso
externo, é uma pessoa linda, um
trabalhador, um homem honesto,
que tem um passado limpo". "Temos uma relação de amor verdadeira", resumiu.
O presidenciável disse que pedira desculpas à mulher, não pela
brincadeira, "mas que ela esteja
vendo de perto o que é a imundice
da política no Brasil".
Na visita ao mercado de Belo
Horizonte, Ciro ficou o tempo todo abraçado à mulher. Dizia aos
repórteres: "Somos um casal bastante feliz, dá para notar, não é?
Costumamos brincar muito. Esta
é uma mulher de extremo valor
que Deus me deu de presente".
Para o candidato, a brincadeira
que pode complicar a queda nas
pesquisas não passa de intriga dos
adversários. "Até relações pessoais como a nossa, bonita, baseada no amor, no bom humor, na
alegria de viver, na superação de
graves desafios, tenta-se manipular na estrutura pesada da propaganda do governo."
Ciro disse que fala o que pensa.
"Vou tentar, no meio dessas calúnias, dessas baixarias, me manter
como sempre fui, uma pessoa
guerreira. Sou uma pessoa que fala o que pensa, bem humorada,
não um almofadinha da política."
Ele voltou a atacar o tucano José
Serra. "É insultar a inteligência do
povo brasileiro dizer que é o candidato da mudança e oferecer oito
milhões de empregos". E também
atacou Fernando Henrique Cardoso: "Ele não respeita a humilhação de 33 milhões de brasileiros que passam fome; está querendo criar um mundo virtual".
Decisão do TSE
Ciro reclamou da decisão do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
que o condenou na sexta a ceder
um minuto do programa eleitoral
para direito de resposta de Serra.
"Decisão de juiz se acata, mas fica
a sensação de falta de justiça", disse. Ciro alega que o tucano não foi
obrigado a lhe dar tempo de resposta pelos ataques não identificados ao candidato do PPS.
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