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Serra diz que adversário não tem "moral" para chamá-lo de covarde
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O candidato tucano à Presidência da República, José Serra, disse
ontem em Porto Alegre que o presidenciável do PPS, Ciro Gomes,
"é a última pessoa que tem moral
para chamar alguém de covarde,
pois covarde é quem se abriga sob
o manto protetor da ditadura".
"Enquanto ele era partidário,
defensor da ditadura, eu lutava
contra a ditadura", afirmou Serra
-em referência ao fato de que Ciro começou sua carreira política
pelo PDS, partido de sustentação
do regime militar. Ciro chamou o
tucano de covarde anteontem.
O tucano disse concordar com a
idéia do ministro da Fazenda, Pedro Malan, de manter o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, no cargo, independentemente
de quem seja eleito. Serra afirmou
que já fez o convite a Fraga.
O presidenciável aproveitou o
sábado em Porto Alegre para fazer contatos com políticos do
PMDB e PPB, cujos candidatos ao
governo gaúcho, Germano Rigotto (PMDB) e Celso Bernardi
(PPB), o apóiam. Durante sua
passagem de dois dias pelo Estado, Rigotto e Bernardi dispensaram muita atenção para o tucano.
Serra, que vive um momento de
melhora nas pesquisas eleitorais,
teve uma acolhida bem mais calorosa do que nas outras vezes em
que esteve no Estado, com presença de políticos que foram ao
seu encontro pela primeira vez.
Ao deixar a quadra da escola
Imperadores do Samba à noite,
onde ocorreu um comício anteontem, o tucano chegou a dar
alguns passos de samba com uma
mulata, por cerca de três minutos.
Segundo Serra, foi o primeiro
comício do qual ele participou no
Rio Grande do Sul desde quando
dirigiu a UNE (União Nacional
dos Estudantes), na década de 60.
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