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TJ baiano aponta
a existência de
mais 53 grampos
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O Tribunal de Justiça da Bahia
confirmou ontem a existência de
mais 53 números telefônicos que
foram grampeados no ano passado, a pedido da Secretaria da Segurança Pública da Bahia.
De acordo com o TJ, as autorizações partiram de dois juízes que
trabalham em Salvador -Jeferson Alves de Assis e Dayse Lago
Ribeiro Coelho. A Agência Folha
tentou falar com os dois juízes,
mas seus nomes não constam na
lista telefônica de Salvador e a assessoria de imprensa do TJ informou que não tem autorização para divulgar os números.
Até a semana passada, o TJ havia divulgado uma lista com 126
nomes (232 grampos) que foram
monitorados pelo governo baiano. O presidente do TJ da Bahia,
Carlos Alberto Dultra Cintra, disse que solicitou de todas as operadoras as relações dos telefones
grampeados nos últimos dois
anos, a pedido do governo.
"Ainda vou examinar todas as
listas, mas as informações iniciais
são procedentes", disse Cintra.
Ele não quis relacionar os novos
grampos ao rastreamento ilegal
anterior, já constatado pela Polícia Federal. "Não quero emitir nenhuma opinião enquanto não
checar todos os números."
Cintra disse também que a TIM
Maxitel já entrou em contato com
o TJ e prometeu entregar logo
após o Carnaval a relação de todos os telefones que foram grampeados, nos dois últimos anos.
A operadora recebeu determinação judicial na sexta de entregar a lista com os telefones em um
prazo máximo de 24 horas, no
primeiro dia útil após o Carnaval.
A assessoria de imprensa do TJ
baiano informou ontem que todos os pedidos dos 53 grampos
feitos pela Telemar e Telebahia
Celular foram solicitados pelo delegado especial Valdir Gomes
Barbosa, 50, e o assessor da SSP,
Alan de Souza Farias, 29.
Indiciados pela PF por falsificação de documento público e escuta ilegal, Barbosa e Farias são os
principais suspeitos de executar o
monitoramento que flagrou conversas telefônicas de adversários
do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). ACM é apontado
como o mandante do crime. Ele nega envolvimento com o caso.
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