São Paulo, domingo, 02 de maio de 2004 |
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PAINEL Todos contra ele Antonio Palocci está isolado em relação à meta de inflação de 2005, fixada em 4,5%. Lula e assessores acham que os 5,5% deste ano podem ser mantidos. No mínimo. Mas é bom lembrar que o ministro da Fazenda já venceu várias batalhas contra a média das opiniões no Planalto. Torcida uniformizada 1 O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, acredita que o Conselho Monetário Nacional possa rever a meta de inflação do próximo ano em junho, quando se reunirá para estabelecer a meta de 2006. Torcida uniformizada 2 No PT, aposta-se que Palocci acabará cedendo. Por via das dúvidas, o partido já trabalha no Congresso para mudar o item da Lei de Diretrizes Orçamentárias que estabelece a meta de inflação de 2005. Lula pode vetar. Óbvio ululante A coordenação política do governo avalia que Lula conduziu mal a questão do salário mínimo. Todos estavam fartos de saber que não passaria de R$ 260. A seqüência de reuniões apenas deu combustível à oposição. Agora agüenta Lula prometeu, e o oposicionista Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) vai cobrar. A partir de terça, promete não dar sossego com seu projeto de correção da tabela do Imposto de Renda. Programa de índio Márcio Thomaz Bastos é um homem raro. O ministro apreciou tanto o 21 de Abril em Brasília que agora planeja ficar na cidade nos próximos feriados. À francesa O microfone de José Sarney captou frase de ACM antes de se retirar do plenário na votação da MP que criou cerca de 3.000 cargos: "Deixa eu sair para não dar na vista". O gesto do pefelista, que dias antes havia discursado contra o projeto, garantiu a apertada vitória do governo. Câmaras de ar 1 Se aprovada em segundo turno no Senado, a emenda que eleva o número de vereadores vai criar 5.675 novas cadeiras no país, segundo cálculo da liderança do governo no Congresso. O total de parlamentares saltará de 60.320 para 65.977. Câmaras de ar 2 O TSE baixara resolução diminuindo para 51.780 o número de vereadores. A Câmara toca um projeto com 55.252 cadeiras. Mas o mais provável é que o do Senado, desengavetado após dez anos e com tramitação mais adiantada, vigore em outubro. Congestionamento Por simbolismo, deputados gostariam de votar em 13 de maio a "PEC do trabalho escravo", que permite expropriar fazendas onde vigore a prática. Mas há cinco MPs trancando a pauta e outras três a caminho. Armário racial Cálculo do grupo parlamentar Brasil-África, que começou a atuar na Câmara: há cerca de 50 deputados negros na Casa, mas no máximo 20 assumem a cor. Espinha de peixe Embora evite o confronto, Walter Feldman está com Geraldo Alckmin entalado na garganta. O governador teria prometido ao deputado, tempos atrás, não apoiar nenhum pré-candidato na disputa pela vaga tucana na eleição em São Paulo. Santinho Com circulação nacional e tiragem de mais de 1,6 milhão de exemplares, o jornal semanal da Igreja Universal não se cansa de bombardear a administração Cesar Maia. O senador e bispo Marcelo Crivella é pré-candidato a prefeito do Rio pelo PL. Na moita Roberto Requião (PR) fugiu o quanto pôde das fotos, na reunião de governadores na segunda-feira. "O governo vai achar que eu não vim, e aí o Palocci pára de me perseguir", justificou. TIROTEIO Do prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), sobre frase de Lula em churrasco com parlamentares do PTB ("Um dia acordei invocado e liguei para o Bush"): -Típico de garotão empenhado em impressionar os primos que chegam do interior. CONTRAPONTO Ou eu, ou ela
Na quarta-feira, o presidente
do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do PMDB na Casa,
Renan Calheiros (AL), discutiram feio durante reunião da
bancada do partido. |
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