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Amazônia não será "coleção de árvore", diz Jobim
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em audiência ontem na
Câmara, o ministro Nelson Jobim (Defesa) disse
que a região amazônica
não pode ser uma "coleção
de árvores" para estrangeiros e que, para transformá-la numa "reserva ambiental absoluta", seria necessário matar seus 21 milhões de habitantes.
"A Amazônia não pode
ser uma coleção de árvores
para o lazer de estrangeiros", disse o ministro aos
integrantes da Comissão
de Agricultura da Casa.
"Porque, se nós considerarmos a Amazônia como
uma reserva ambiental absoluta, nós precisamos
matar os 21 milhões de
pessoas que moram lá."
Ainda sobre a proteção
da região amazônica, o ministro declarou que o tema
não deve ser tratado como
uma questão policial, e
sim econômica.
Questionado sobre a necessidade de reaparelhamento das Forças Armadas, o ministro da Defesa
afirmou que tem discutido
com a Petrobras o pagamento pelos serviços de
proteção às suas plataformas marítimas.
"Se diz que as Forças Armadas têm que proteger,
evidentemente, o petróleo
nacional, a soberania, as
riquezas do país, não tenho a mínima dúvida. No
momento em que as Forças Armadas asseguram e
dão garantia aos postos
[plataformas] de petróleo
da Petrobras, as ações da
Petrobras têm um valor, o
valor que é agregado pela
segurança fornecida pelas
Forças. Logo ela tem que
remunerar, por que isso é
serviço prestado", afirmou
Jobim.
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