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outro lado
Engenheiro nega ter agido como laranja
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Luiz Guilherme Moreira Porto,
que defende o engenheiro
José Geraldo Villas Boas,
diz que o contrato de consultoria que seu cliente
manteve com a Alstom
nunca foi "um biombo"
para o pagamento de propina. "O Villas Boas é um
dos maiores especialistas
em energia elétrica do
Brasil. Ele não foi laranja
de ninguém. Ele tem um
currículo invejável."
Segundo Moreira Porto,
é equivocada a interpretação de que parte dos
R$ 2,05 milhões recebidos
pelo engenheiro na Suíça
foram repassados para políticos. "Ele repassou para
executivos que tinham ligações com a Alstom e que
indicaram o Villas Boas
para a consultoria."
Para o advogado, não é
estranho que Villas Boas,
que assinou o contrato de
consultoria, tenha ficado
com a menor parte. "Os
executivos ganharam mais
porque trabalharam anos
nesse contrato com a Eletropaulo. Um contrato
desse valor [R$ 110 milhões] exige dedicação."
Ao ser questionado se o
seu cliente contara que diretores da Alstom recebiam de contratados, o que
sugere um caso de corrupção privada, disse: "Se a
Alstom pagou a mais e isso
reverteu para os executivos, é problema privado".
Moreira Porto diz que
não é certo que seu cliente
confessou o crime de evasão de divisas. "Só é crime
se ele ficou com mais de
US$ 100 mil no final daquele ano. Ele pode ter
gasto o que recebeu."
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