|
Próximo Texto | Índice
Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Em todas
O vazamento de e-mails de líderes das Farc, com relatos de tentativas de aproximação da guerrilha colombiana com o governo brasileiro, expuseram novamente um personagem que, pela função, deveria permanecer nos bastidores: Gilberto Carvalho. Pouco
depois de aparecer em grampos da Operação Satiagraha como alvo de lobby do grupo de Daniel Dantas,
o chefe-de-gabinete de Lula surge como possível interlocutor de ajuda do governo ao representante das
Farc no Brasil, Olivério Medina, o "Cura Camilo".
De novo, o Planalto se esforça para blindar o assessor, que teria praticado "ajuda humanitária", dada sua
conhecida ligação com a Igreja. Carvalho teria agido
"só" no episódio da prisão de Medina, e jamais tentado aproximá-lo de Lula ou de outras autoridades.
Quem é. Selvino Heck, descrito em e-mail enviado por
Medina em fevereiro de 2007
ao ex-chefão das Farc Raúl
Reyes como "alguém que tem
ajudado bastante", é assessor
especial de mobilização social
da Presidência. Ligado à esquerda petista, foi deputado
no Rio Grande do Sul.
Motivacional. Enquanto
aplaudia a fala final de Gilberto Kassab (DEM) no debate
de anteontem na Band, Orestes Quércia (PMDB) dizia para a correligionária Alda Marco Antônio, vice na chapa do
prefeito: "O problema é que
ele não acredita... Vou falar
pra ele que tem de acreditar".
Ponto futuro. Na platéia,
o ex-governador passou boa
parte do programa trocando
figuras com Aldo Rebelo (PC
do B), vice de Marta Suplicy.
De olho na cena, petistas já
pensavam em como atrair o
apoio de Quércia, hoje com
Kassab, num eventual segundo turno Marta x Alckmin.
Colegas. Lu Alckmin sentou-se ao lado de Marlene
Campos Machado, mulher do
companheiro de chapa do tucano. Apertou a mão da amiga
em alguns momentos e, quando a fome bateu, atacou um
pacote de bolachas.
Celebridade. O candidato a
vereador Oscar Maroni (PT
do B), dono da boate Bahamas
e desafeto da gestão Kassab,
colocou uma van com a marca
da casa noturna para levar
apoiadores de Ciro Moura
(PTC). Na Band, engatou conversa com Eduardo Suplicy.
Vivo. Morto há um ano,
ACM foi personagem central
do debate em Salvador. Antonio Imbassahy (PSDB) se declarou "grato" pela oportunidade que lhe foi dada pelo cacique -com quem mais tarde
veio a romper. Já ACM Neto
procurou não se associar demais à herança familiar. Disse
que o avô começou a carreira
em 1950, enquanto ele é "um
político do século 21".
Suspense. O prefeito João
Henrique (PMDB) aproveitou o debate para lançar a
"Trans-Salvador", via expressa para aliviar o trânsito na
capital baiana. Mas evitou detalhar a proposta: "Apresentarei no horário eleitoral".
Houve quem lembrasse do
Fura-Fila da campanha de
Celso Pitta em São Paulo.
Sai de cena. Lair Ferst,
empresário pego na Operação
Rodin, da Polícia Federal, e
um dos pivôs da crise do governo Yeda Crusius, pediu ontem sua desfiliação do PSDB.
Na véspera, foi flagrado pela
PF tentando sacar R$ 100 mil
de uma conta bloqueada.
Queda-de-braço 1. Garibaldi Alves (PMDB-RN) convocou para terça a reunião
que vai definir o que todos os
senadores querem saber:
quando funcionará a Casa durante a campanha eleitoral.
Só que a idéia do presidente é
oposta à dos comandados:
quer que haja só uma semana
de recesso branco por mês.
Queda-de-braço 2. Garibaldi acha que fazer apenas
um esforço concentrado
mensal iria provocar mais
desgaste para o Senado. "Os
senadores vão querer mais,
mas nós temos de pensar na
imagem da Casa. Não podemos fazer um recesso logo
após o recesso", diz.
com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO
Tiroteio
"É senso comum típico de quem não conhece a
lei, feita para separar o joio do trigo. O que a
Polícia Federal quer é grampear advogados e
clientes, o que acabaria com a democracia."
Do presidente da OAB, CEZAR BRITTO, criticando os que defendem
veto de Lula ao projeto que torna escritórios de advocacia invioláveis.
Contraponto
Afinidades eletivas
Num "mano a mano" no debate da Band, Ivan Valente
(PSOL) tentava emparedar Paulo Maluf (PP), cobrando
do ex-prefeito, que havia criticado a política econômica de
Lula, o fato de seu partido ser aliado ao governo federal.
-Apoiar um governo não significa concordar sempre
com ele. Tenho criticado a política econômica em Brasília, você acompanhou-, rebateu Maluf.
-Eu também sou crítico dessa política econômica feita
para banqueiros-, completou Valente.
Presente no estúdio, o vice da chapa de Marta Suplicy,
Aldo Rebelo (PC do B), concluiu:
-Puxa vida, até que enfim o PSOL conseguiu arrumar
alguém para fazer coalizão!
Próximo Texto: Jobim rebate Tarso e diz que Lei da Anistia não vai mudar Índice
|