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Relator vê fim do caso Paulinho só após eleição
Deputado Paulo Piau e presidente do Conselho de Ética dizem que recesso deve atrasar processo na Câmara
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O processo por quebra do decoro do deputado Paulo Pereira
da Silva (PDT-SP), o Paulinho
da Força, deve ser concluído na
Câmara só após as eleições.
O presidente do Conselho de
Ética, Sérgio Moraes (PTB), e o
relator do caso, Paulo Piau
(PMDB), admitiram que o recesso parlamentar e o "recesso
branco" pré-eleição podem
atrasar o andamento do caso.
Negaram, no entanto, que a demora possa favorecer Paulinho.
Ontem, o conselho recebeu
do STF (Supremo Tribunal Federal) cópia do inquérito contra o pedetista, que é acusado
de quebra de decoro por suspeita de envolvimento em fraudes no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O documento, que está sob segredo de Justiça, é composto por nove volumes com informações sobre a
Operação Santa Tereza, desencadeada pela Polícia Federal.
A previsão inicial do relator é
terminar o processo em setembro. O prazo, no entanto, pode
ser estendido por mais 90 dias.
Depois, o caso deve ser votado
no plenário. Além do depoimento de Paulinho, marcado
para terça, o conselho deve ouvir cerca de 15 pessoas, como o
presidente do BNDES, Luciano
Coutinho, o ministro Miguel
Jorge e João Pedro de Moura,
ex-assessor de Paulinho.
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