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Fleury nega atuação de sociólogo em sua gestão
DA REPORTAGEM LOCAL
O sociólogo Claudio Mendes
afirmou que as imputações feitas a ele não têm nenhum fundamento. "Não tenho a menor
idéia do maluco que falou essas
coisas. Desconheço isso tudo.
Nunca fui coordenador de nada. Nunca trabalhei para governo. Sempre defendi os meus interesses", afirmou ele.
Mendes disse que freqüentava a Cesp para apresentar uma
proposta de construção de uma
termelétrica que seria feita
com tecnologia russa. "Mas isso
nunca saiu do papel", frisou.
Afirmou que atribuir a ele o
papel de coordenador da área
elétrica dos governos Quércia e
Fleury é coisa de "maluco".
"Nunca fui ligado a ninguém",
disse, referindo-se aos políticos. "Nunca me meti em política." Mendes afirmou que sua
situação é kafkiana: "É kafkiano, do ponto de vista do direito,
porque sou acusado por alguém
que não tenho a menor idéia de
quem seja. Se há segredo de
Justiça nessa investigação, ninguém deveria saber de nada".
O ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho negou conhecer Mendes. "No meu governo
esse sujeito não participou nem
formal nem informalmente.
Ele não teve nenhuma ligação
na área de energia ou em outra
área." Segundo Fleury, o depoimento parece ter sido teleguiado: "Isso parece coisa de tucano
querendo tirar o foco das investigações. As propinas foram pagas depois de 1995, quando os
tucanos estavam no governo".
A reportagem procurou o ex-governador Orestes Quércia na
última sexta-feira, mas ele não
ligou de volta para a reportagem. Em junho, Quércia havia
dito à Folha que não tinha a
menor idéia de quem era Claudio Mendes.
A Alstom não quis fazer comentários sobre o depoimento
do ex-gerente da Cesp.
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