São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2008

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Fleury nega atuação de sociólogo em sua gestão

DA REPORTAGEM LOCAL

O sociólogo Claudio Mendes afirmou que as imputações feitas a ele não têm nenhum fundamento. "Não tenho a menor idéia do maluco que falou essas coisas. Desconheço isso tudo.
Nunca fui coordenador de nada. Nunca trabalhei para governo. Sempre defendi os meus interesses", afirmou ele.
Mendes disse que freqüentava a Cesp para apresentar uma proposta de construção de uma termelétrica que seria feita com tecnologia russa. "Mas isso nunca saiu do papel", frisou.
Afirmou que atribuir a ele o papel de coordenador da área elétrica dos governos Quércia e Fleury é coisa de "maluco".
"Nunca fui ligado a ninguém", disse, referindo-se aos políticos. "Nunca me meti em política." Mendes afirmou que sua situação é kafkiana: "É kafkiano, do ponto de vista do direito, porque sou acusado por alguém que não tenho a menor idéia de quem seja. Se há segredo de Justiça nessa investigação, ninguém deveria saber de nada".
O ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho negou conhecer Mendes. "No meu governo esse sujeito não participou nem formal nem informalmente.
Ele não teve nenhuma ligação na área de energia ou em outra área." Segundo Fleury, o depoimento parece ter sido teleguiado: "Isso parece coisa de tucano querendo tirar o foco das investigações. As propinas foram pagas depois de 1995, quando os tucanos estavam no governo".
A reportagem procurou o ex-governador Orestes Quércia na última sexta-feira, mas ele não ligou de volta para a reportagem. Em junho, Quércia havia dito à Folha que não tinha a menor idéia de quem era Claudio Mendes.
A Alstom não quis fazer comentários sobre o depoimento do ex-gerente da Cesp.


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