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Thomaz Bastos defende diretor afastado da Abin
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-ministro da Justiça
Márcio Thomaz Bastos saiu
ontem em defesa do diretor
afastado da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência),
Paulo Lacerda, que deixou o
cargo após a divulgação de
interceptação de conversa
telefônica mantida entre o
presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes
Torres (DEM-GO).
"Todos sabem do alto
apreço que tenho pelo doutor Lacerda. Durante os quatro anos em que fui ministro,
ele fez um trabalho exemplar. Reequipou a Polícia Federal e lançou linhas modernas de investigação", disse o
ex-ministro, que indicou Lacerda para diretor da Polícia
Federal e depois apoiou sua
transferência para a Abin.
Thomaz Bastos afirmou
que Lacerda pediu afastamento do cargo para dar
maior transparência à investigação: "Conversei com ele
ontem [anteontem] e ele estava bastante sereno".
Segundo a revista "Veja",
que divulgou a transcrição
do diálogo, o grampo teria sido feito pela Abin. Bastos
afirmou não descartou a possível participação de alguém
da Abin, mas à revelia de
Paulo Lacerda. "É uma questão de honra para o governo
esclarecer isso. É fundamental que se respeite a presunção de inocência e se puna
exemplarmente quem fez isso", declarou o ex-ministro.
Para o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB),
o afastamento de Lacerda foi
uma providência adequada.
"A apuração não teria uma
condução adequada se a Polícia Federal estivesse apurando sobre um ex-diretor da
Polícia Federal. Isso iria inibir a investigação", afirmou.
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