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Presidente e presidenciável adotam silêncio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Fernando
Henrique Cardoso e o pré-candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, decidiram
não se manifestar imediatamente sobre a suposta propina pedida pelo empresário
Ricardo Sérgio de Oliveira
para tentar dar uma resposta
coerente e que não caia no
dia seguinte.
Um membro do governo
comentou que a cautela de
FHC e de Serra é uma tentativa de evitar o "efeito Roseana Sarney", numa referências às seguidas versões que
se desmanchavam no dia seguinte a respeito do R$ 1,34
milhão apreendido na empresa da ex-governadora.
FHC deverá tentar dar
uma explicação para não ter
mandado investigar Ricardo
Sérgio depois que Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações
em 1998, lhe dera conhecimento da suposta propina.
Por enquanto, a resposta
tucana é que FHC não podia
agir baseado em um rumor.
Um ponto crucial para
Serra será a explicação para
os supostos R$ 2 milhões
doados pela empresário
Carlos Jereissati à sua campanha para o Senado. Não
há registro dessa quantia na
prestação de contas oficial.
Logo, ou Carlos Jereissati
mentiu, ou Ricardo Sérgio
não repassou todo o dinheiro doado, ou a campanha teria tido caixa dois.
Ou seja, FHC e Serra deverão se preparar para responder com maior detalhe as
dúvidas, sob pena de apresentarem versões tão frágeis
como as da ex-governadora
pefelista no episódio Lunus.
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