São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2008

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Presidente do Senado propõe recesso para atuar na eleição

Garibaldi defende mais 19 dias de folga até pleito

SIMONE IGLESIAS
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o argumento de que eleição "é dever cívico", o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), voltou ontem de 19 dias de recesso propondo mais três semanas de folga aos congressistas.
Ele vai sugerir na reunião de líderes, hoje, que o Senado paralise as atividades na terceira semana de agosto e nas duas últimas semanas de setembro até 5 de outubro, data da eleição, para se dedicar às campanhas. Garibaldi rejeitou o termo folga, ao afirmar que os senadores não vão utilizar esses dias para ir à praia, mas que precisam passar um período em seus Estados por causa das eleições.
"Folga dá a impressão de que a gente vai ficar numa piscina, ou que os senadores foram para a praia. Mas, na verdade, vão cumprir um dever cívico."
A sugestão gerou reação imediata de senadores contrários à idéia, mas agradou ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ele disse que "é uma hipótese que não descartaria", mas que precisa antes conversar com os líderes.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a sugestão de Garibaldi é um "erro", mas considera que acabará sendo acatada pela maioria.
Para o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), não há a menor necessidade de recesso branco e, como forma de tentar impedir a paralisação, apresentará sugestão de que as votações ocorram todas as terças e quartas-feiras.
Depois de enviar a todos os deputados durante o recesso dois telegramas pedindo que comparecessem à sessão deliberativa ontem a partir das 18h, Chinaglia perdeu o horário. Chegou com uma hora de atraso, quando o número de deputados presentes ao plenário era de 222, quórum ainda insuficiente para abrir a sessão.
Chinaglia não gostou das cobranças feitas por deputados e jornalistas: "Desafio vocês a apontar um dia em que eu não cumpri meu dever", disse.


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