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Presidente do Senado propõe
recesso para atuar na eleição
Garibaldi defende mais 19 dias de folga até pleito
SIMONE IGLESIAS
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o argumento de que
eleição "é dever cívico", o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), voltou ontem
de 19 dias de recesso propondo
mais três semanas de folga aos
congressistas.
Ele vai sugerir na reunião de
líderes, hoje, que o Senado paralise as atividades na terceira
semana de agosto e nas duas últimas semanas de setembro até
5 de outubro, data da eleição,
para se dedicar às campanhas.
Garibaldi rejeitou o termo folga, ao afirmar que os senadores
não vão utilizar esses dias para
ir à praia, mas que precisam
passar um período em seus Estados por causa das eleições.
"Folga dá a impressão de que
a gente vai ficar numa piscina,
ou que os senadores foram para
a praia. Mas, na verdade, vão
cumprir um dever cívico."
A sugestão gerou reação imediata de senadores contrários à
idéia, mas agradou ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ele disse que "é
uma hipótese que não descartaria", mas que precisa antes
conversar com os líderes.
O senador Álvaro Dias
(PSDB-PR) afirmou que a sugestão de Garibaldi é um "erro", mas considera que acabará
sendo acatada pela maioria.
Para o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), não
há a menor necessidade de recesso branco e, como forma de
tentar impedir a paralisação,
apresentará sugestão de que as
votações ocorram todas as terças e quartas-feiras.
Depois de enviar a todos os
deputados durante o recesso
dois telegramas pedindo que
comparecessem à sessão deliberativa ontem a partir das 18h,
Chinaglia perdeu o horário.
Chegou com uma hora de atraso, quando o número de deputados presentes ao plenário era
de 222, quórum ainda insuficiente para abrir a sessão.
Chinaglia não gostou das cobranças feitas por deputados e
jornalistas: "Desafio vocês a
apontar um dia em que eu não
cumpri meu dever", disse.
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