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Governo nega pressão para abrigar ex-padre
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo brasileiro negou que tenha havido ingerência ou pressão no processo de refúgio político do colombiano Francisco Antônio
Cadena Collazos, o Olivério
Medina, ex-padre considerado representante das Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no país.
Luiz Paulo Barreto, secretário-executivo do Ministério da Justiça e presidente do
Conare (Comitê Nacional
para Refugiados), considerou "estranho" o assunto
ressurgir no momento em
que a Colômbia endurece
sua política interna e discute
a sucessão presidencial, prevista para maio de 2009.
Segundo Barreto, não houve pressão "nem do então
ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, nem do presidente Lula ou de seu chefe-de-gabinete, Gilberto Carvalho". "O Conare se baseia
também em aspectos políticos, mas a decisão é estritamente técnica", disse. O governo concedeu o status de refugiado político a Medina
em 2006, quando ele disse
ter rompido os laços com a
guerrilha, embora admitiu
envolvimento no passado.
O Conare aprovou recentemente a renovação do visto
de Medina. Ele ingressou na
Polícia Federal com pedido
de naturalização, caso que
será analisado pelo Ministério da Justiça.
(LUCAS FERRAZ)
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