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Ministros defendem o patriotismo e as iniciativas político-militares
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os ministros José Viegas (Defesa), responsável pela organização
do desfile de 7 de Setembro em
Brasília, e Aldo Rebelo (Coordenação Política), figura carimbada
em eventos militares na capital federal, defendem a iniciativa do
Palácio do Planalto de tentar popularizar a Semana da Pátria.
Para Viegas, diplomata de carreira, o objetivo governamental é
resgatar uma "tradição de patriotismo" no país. De acordo com
ele, "sem dúvida nenhuma", a iniciativa do governo é investir não
somente na retomada do patriotismo nacional, mas também na
recuperação da auto-estima.
Apesar de considerar que o desfile dos militares "sempre será o
momento culminante" do 7 de
Setembro, Viegas diz que o objetivo da empreitada tocada pelo governo é incluir a sociedade civil.
"É claro que sempre haverá o
desfile militar, e eu acredito que
ele sempre será o momento culminante, o momento mais bonito
e mais aguardado das comemorações do 7 de Setembro, mas isso [a
popularização do desfile] é feito
num enfoque que não exclui [os
militares]. É, ao contrário, que inclui a sociedade civil", explicou.
Questionado pela reportagem
se o investimento governamental
no 7 de Setembro seria uma forma de atrelar a festa à figura do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro disse: "É um dever
do governo fomentar o patriotismo e comemorar de uma maneira
sadia, com o patriotismo sadio, a
data [da independência] nacional, sem nenhuma conotação político-partidária, absolutamente".
Para o ministro da Coordenação Política, na mesma linha defendida pelo colega Luiz Gushiken (Comunicação de Governo),
a manifestação popular deve ser
"espontânea", mas "organizada"
pela administração federal. "É um
esforço para a data mais importante do país. É preciso fortalecer
a idéia da independência", afirmou Aldo -apontado como o
eventual substituto de Viegas numa próxima reforma ministerial.
De acordo com o ministro, que
é do PC do B, historicamente não
há nada de novo no fato de os integrantes do atual governo, oriundos em sua maioria de partidos de
esquerda, estarem atrelados a iniciativas político-militares, como
costuma enfatizar seu colega José
Dirceu, chefe da Casa Civil.
"Essas forças populares e militares já estiveram juntas na própria
Independência, na abolição [da
escravatura], na Revolução de 30.
Hoje, quando se retoma um projeto nacional, é natural que as
Forças Armadas estejam juntas
com o governo federal."
(EDS E JD)
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