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DATAFOLHA
Cambraia tem 28%, Moroni, 24%, e Arruda, 23%
Pesquisa em Fortaleza mostra três deputados empatados em primeiro
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Pesquisa Datafolha sobre a disputa à Prefeitura de Fortaleza, feita em parceria com o jornal "O
Povo", mostra três candidatos
tecnicamente empatados em primeiro lugar -mas com uma inversão na ordem em que cada um
deles apareceu na pesquisa anterior, divulgada no final de julho.
Segundo o levantamento, o deputado federal Antonio Cambraia
(PSDB), que tinha 21%, agora tem
28%; o deputado federal Moroni
Torgan (PFL), que tinha 23%, oscilou um ponto e está com 24%; e
o deputado federal Inácio Arruda
(PC do B), que tinha 28%, perdeu
cinco e agora está com 23%.
Há empate técnico entre os três
candidatos, pois a margem de erro é de três pontos, para mais ou
para menos. A pesquisa, a primeiro do Datafolha após o início da
propaganda na TV e no rádio, foi
feita nos dias 31 de agosto e 1º de
setembro, com 881 pessoas, e registrada sob o número 12/2004.
A candidata Luizianne Lins
(PT), que tinha 3%, agora tem 8%.
Já Aloisio Carvalho (PMDB), candidato apoiado pelo atual prefeito
da capital, Juraci Magalhães
(PMDB), foi de 2% para 5%.
A reação à queda de Inácio e à
subida de Cambraia nas pesquisas já começou a ter reflexo na
propaganda eleitoral. O programa de Inácio passou a ter como
foco principal as críticas a Cambraia, neotucano que foi prefeito
de Fortaleza de 1993 a 1996, com o
apoio de Juraci. Agora, o principal
padrinho de Cambraia é o senador tucano Tasso Jereissati.
Como forma de reforçar a candidatura do PC do B, as cúpulas
do PT nacional e do governo federal, insatisfeitas com a candidatura petista, decidiram abandonar
Luizianne à própria sorte, o que
causou revolta entre os militantes.
Ontem, o ministro José Dirceu
participou em Fortaleza de um almoço de adesão à candidatura de
Inácio e pregou a derrota dos "adversários que estão onde sempre
estiveram". Dirceu se recusou a
falar sobre a falta de apoio à candidatura do próprio partido.
"Depois disso, ninguém mais
no PT nacional terá o direito de
cobrar fidelidade partidária de
quem quer que seja. Quebrou-se
o pacto partidário", disse o deputado federal João Alfredo Telles.
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