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Fazendeiros divergem sobre fusão
DA AGÊNCIA FOLHA
Lançada pelo MNP (Movimento Nacional de Produtores), a
idéia de fundir as entidades ruralistas e criar uma confederação
nacional que enfoque especificamente a questão fundiária enfrenta resistência da UDR (União Democrática Ruralista) e da CNA
(Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil).
"A idéia não é se opor à CNA, e
sim somar esforços para assegurar assessoria jurídica aos fazendeiros vítimas de invasão. Seria
uma reestruturação", disse João
Bosco Leal, presidente do MNP.
Sem criar atritos, a UDR rechaça discretamente a idéia do MNP
e aponta seu próprio caminho. "A
UDR, com um nome fixado em
todo o país, tem condições atualmente de almejar uma atuação
mais nacionalizada, sem se sobrepor à CNA. Inclusive teremos
nossa sede nacional em Brasília",
disse Marcos Prochet, presidente
da entidade no Paraná. Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente
nacional da entidade, disse que
atualmente "não há como pensar
em fragmentação".
Já, para o presidente da CNA,
Antônio Ernesto de Salvo, as entidades ruralistas devem se fortalecer regionalmente, e não querer
nacionalizar sua área de atuação.
"É possível que alguém que queira fazer pelo Brasil todo acabe fazendo mal feito, abrindo buracos
absolutamente impossíveis depois de serem recompostos."
Segundo Salvo, a CNA é atualmente, com 1 milhão de associados, a única entidade no país com
condições e estrutura para oferecer aos produtores rurais uma
atuação no Congresso.
Salvo reconhece, porém, que a
CNA não possui condições estruturais de atender nacionalmente
os pedidos de assessoria jurídica
para casos de reintegração de posse de áreas invadidas. "É absolutamente impossível."
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