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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Cabo-de-guerra
O desgaste de imagem da Abin, colocada no centro
do escândalo dos grampos, fez crescer entre os militares a ambição de comandar a Agência Brasileira de Inteligência, hoje subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Esse
ataque especulativo é um dos elementos que estão
por trás da troca de farpas entre o ministro da Defesa,
Nelson Jobim, e o chefe do GSI, Jorge Felix.
Lula não se manifestou a respeito, mas, entre seus
auxiliares, predomina a desaprovação à idéia. Um ministro lembra que ter o setor de inteligência sob comando civil foi uma conquista institucional e que, do
ponto de vista prático, nada indica que, com chefe militar, a Abin seria menos bisbilhoteira.
Lembra de mim? Antes
do evento da indústria naval,
ontem em Pernambuco, Lula
teve encontro reservado com
o líder do MLST, Bruno Maranhão, que liderou a depredação da Câmara em 2006. O assunto da conversa foi uma invasão dos sem-terra em área
de proteção ambiental.
Daqui eu não saio. A
segurança da 6ª Vara Federal
Criminal de São Paulo emitiu
alerta para que o prédio fosse
esvaziado na tarde de ontem,
sob iminência de incêndio. O
juiz Fausto De Sanctis, responsável pela Operação Satiagraha, recusou-se a sair.
Cafezinho. Em campanha
discreta para a presidência do
Senado, Tião Viana (PT-AC)
fez visita a José Sarney
(PMDB-AP). Ouviu do ex-presidente que este não pretende voltar ao posto. "De
grampo a poesia, a conversa
foi excelente", diz o petista.
Espelho meu. O ministro
Geddel Vieira Lima (Integração) fugiu do fogo cruzado entre o seu PMDB e o PT e foi fazer campanha para o candidato petista em Niterói, Rodrigo
Neves. "É só o PT da Bahia
que me acha feio", tripudia.
Pega! Parte da equipe de Geraldo Alckmin (PSDB), incluindo o assessor logístico da
campanha, Felipe Sigolo, ficou presa, ontem, num vagão
da Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos na zona sul. O candidato saltou do
trem, mas o restante do grupo
não conseguiu acompanhá-lo.
Está na tela. A ascensão
meteórica de João da Costa
em Recife levou Lula a gravar
ontem seu primeiro depoimento para o programa do
candidato do PT na capital
pernambucana. Até então, o
presidente relutava porque o
deputado federal Cadoca
(PSC), também da base governista, está na disputa.
Contramão. Enquanto
muitos candidatos a prefeito
anunciam a intenção de criar,
se eleitos, "centrais de monitoramento" de segurança, Antonio Imbassay (PSDB) decidiu propor o contrário em Salvador. "O que você acha que
um bandido vai fazer quando
descobrir que está sendo filmado? Vão quebrar as câmeras e vai ser um montão de dinheiro jogado fora", diz o novo vídeo da campanha tucana.
Dois roteiros. O evento
com a presença de Lula para
tentar socorrer a candidatura
de Fátima Bezerra (PT) em
Natal, dia 19, está sendo programado para ser grandioso.
O comício poderá ser no Largo do Machadão, estádio da
capital, ou os conjuntos habitacionais da zona norte, na
margem oposta do rio Potengi, onde se concentra um terço do eleitorado da cidade.
Afinidades. A aliança do
PT da governadora do Pará,
Ana Júlia Carepa, com o
PMDB de Jader Barbalho tem
se espalhado pelo mundo sindical. Na semana passada, o
presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz, quadro do
PMDB do Senado, foi ovacionado em debate por eletricitários, a maioria da CUT.
Visita à Folha. Aloizio
Mercadante (PT), senador
por São Paulo, visitou ontem a
Folha. Estava com Patrícia de
Paula, assessora de imprensa.
com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO
Tiroteio
"A maior prova de confiança foi Lula ter me
escolhido vice-líder do governo na área de
Orçamento, para cuidar do PAC. Os ataques
vêm porque estou subindo nas pesquisas."
Do candidato do PT à Prefeitura de Salvador, WALTER PINHEIRO, sobre
a campanha do PMDB, que o acusa de ter votado contra o governo no
primeiro mandato de Lula e quase ter sido expulso do PT.
Contraponto
O visitador
Ao dar a palavra a Eduardo Suplicy em recente sessão
do Senado, Álvaro Dias fez um agrado ao petista, que visitaria dali a alguns dias a base eleitoral do tucano:
-O senhor será muito bem-vindo no Paraná!
Ato contínuo, vários senadores presentes começaram a
brincar com o fato de Suplicy viajar constantemente.
-Um peregrino!-, disse Casildo Maldaner (PMDB-SC).
Colega de bancada de Suplicy, João Pedro acompanhou
atento e, quando a brincadeira já arrefecia, pediu:
-Escute, senador, tem como o senhor encontrar um
tempinho para fazer campanha em Manaus?
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