|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Garotinho elogia adversários e Pillar
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, iniciou
ontem sua campanha de rua elogiando os adversários e até a atriz
Patrícia Pillar, namorada de Ciro
Gomes, candidato da Frente Trabalhista (PTB-PDT-PPS).
Acompanhado do bispo Marcelo Crivella (candidato do PL ao
Senado e que deveria apoiar a petista Benedita da Silva), de assessores e da filha Clarissa, 19, Garotinho começou a percorrer as ruas
comerciais do Saara (centro do
Rio) no final da manhã.
"Não vamos fazer uma campanha agressiva. Não queremos desqualificar nenhum candidato. Todos têm seu méritos porque senão
não seriam candidatos a presidente. Eu quero ter a oportunidade de mostrar, também, os meus
méritos", afirmou Garotinho antes da caminhada.
Ao comentar o crescimento de
Ciro Gomes nas pesquisas, Garotinho destacou Patrícia Pillar.
"É normal que Ciro Gomes tenha crescido porque ele teve uma
exposição muito boa na televisão
e uma âncora, também, muito
boa, que é a Patrícia Pillar, ótima
atriz e reconhecida por todos.
Mas o processo eleitoral é a chegada. Não adianta ser o primeiro em
março ou em em julho. O mais
importante é ser o primeiro em 6
de outubro", disse.
O candidato foi bem recebido
por quem circulava pelo Saara.
Cumprimentou mulheres, beijou
crianças e distribuiu autógrafos
-um deles na Bíblia do evangélico Raimundo dos Santos, 49, da
Igreja Universal do Reino de
Deus.
Garotinho afirmou que pretende fazer uma campanha "positiva". "Minha campanha é a do
Brasil que faz. Cada programa
meu na TV contará a história de
uma pessoa que teve a vida modificada por uma ação do governo
do Estado do Rio", disse ele, que
governou até o início de abril.
O candidato disse desconhecer
uma pesquisa do Ibope que teria
sido encomendada ao Instituto
Ágora e manipulada a seu favor.
"Quem sou para ter poder para
fazer esse tipo de manipulação?"
Sem apoio de um partido de peso e com pouco tempo no horário
eleitoral de TV, Garotinho, aposta
nos evangélicos para chegar ao segundo turno. Pastores ligados ao
candidato estão montando uma
campanha à parte. A Folha apurou que serão instalados, até agosto, cerca de 5 milhões de comitês
familiares em todo o país. As unidades terão uma dinâmica de células e funcionarão em casas de
fiéis ligados a igrejas evangélicas
que apóiam o candidato. Caberá
aos comitês promover Garotinho
em pequenas reuniões de bairros.
Texto Anterior: Campanha nas ruas: Lula prevê "jogo sujo 24h por dia" na eleição Próximo Texto: Serra prioriza redutos de Ciro nas viagens Índice
|