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OUTRO LADO
Empresa diz que avaliação foi "maluca"
DA SUCURSAL DO RIO
O assessor da diretoria do
grupo Lima Araújo, Paulo
Roberto da Silva, qualificou
de ""maluca" a avaliação das
fazendas Estrela de Alagoas
e Estrela de Maceió feita pelo
procurador do Trabalho Loris Pereira Junior, de R$
212,64 milhões.
Segundo o assessor, o procurador não se baseou na
avaliação de peritos especializados e fez, ele próprio, cálculo do valor das propriedades. Para a empresa, a cifra
está superestimada.
Paulo Silva disse que os
acionistas admitem entregar
as propriedades ao governo
pelo valor calculado pelo
procurador do Trabalhador.
""Concordamos em entregar
40% desse valor para indenização, desde que o governo
nos devolva os 60% restantes", afirmou. Para o assessor, o valor real de mercado
das duas fazendas não ultrapassaria a R$ 18 milhões.
Segundo Paulo Silva, a Lima Araújo Agropecuária tinha vendido parte da fazenda Estrela de Maceió quando
foi fiscalizada e autuada em
1998. Ele diz que os trabalhadores resgatados pela fiscalização não prestavam serviço
ao grupo alagoano, mas ao
proprietário que havia adquirido parte das terras.
Ele não soube informar
quando teria ocorrido a venda de parte da fazenda, mas
disse que a documentação
está no processo judicial.
O assessor nega que as fazenda possuam 40 mil cabeças de gado (seriam 9.000).
Ele critica o Ministério Público do Trabalho por pedir
uma indenização com base
no valor da propriedade. ""A
punição por um crime tem
de ser igual para todos. Não
tem cabimento jurídico estipular uma multa pelo valor
da propriedade. A ação cairá
por falta de consistência."
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