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Candidato defende afastamento de presidente do TSE
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
ENVIADO ESPECIAL A NAVEGANTES (SC)
JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, defendeu ontem o afastamento de
Nelson Jobim do cargo de presidente do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) para que seja mantida a
"lisura do processo eleitoral".
"A lei do processo diz que a
amizade íntima é caso de suspeição. Sendo o juiz amigo íntimo de
uma das partes, ele deve se declarar suspeito", afirmou Ciro, em
uma referência à ligação entre o
presidente do TSE e o candidato
do PSDB, José Serra.
Para Ciro, a prova de que o tribunal não estaria sendo isento no
julgamento de pedidos de direitos
de resposta dos dois candidatos
está no número de decisões a favor de Serra. O candidato tucano
obteve seis direitos de resposta.
Ciro entrou com seis pedidos, que
foram negados. Ontem teve a primeira vitória.
"A Folha hoje fez um levantamento frio, que colocou toda a situação. Qualquer advogado verá
que a mesma lei está sendo interpretada de forma desequilibrada", disse o candidato, em alusão
a um levantamento da Folha sobre as decisões do tribunal.
Em São Paulo, integrantes da
campanha de Ciro, que participaram com o presidenciável de uma
carreata, defenderam o envio de
observadores internacionais da
ONU (Organizações das Nações
Unidas) para acompanhar o processo eleitoral brasileiro.
"Eu me sentirei muito constrangido se tivermos de chegar a isso.
Mas a minha insegurança jurídica
está muito grande", afirmou Ciro,
mais tarde, em Santa Catarina.
"Estão armando para roubar as
eleições", afirmou Paulo Pereira
da Silva, o Paulinho, candidato a
vice-presidente na chapa do Ciro.
Paulinho é investigado pelo Ministério Público Federal por supostas irregularidades em contratos firmados entre a Força Sindical, da qual é presidente licenciado, e o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Logo após a carreata, Ciro deu
uma volta no Monumento às
Bandeiras, em frente à Assembléia Legislativa de São Paulo, segurando uma bandeira do Brasil.
Com o símbolo nas mãos, cantou
o Hino da Independência e abriu
um breve discurso gritando: "Fora, ladrões". Sem deixar claro a
quem se referia, o candidato da
Frente Trabalhista completou:
"Os atuais governantes entregaram o Brasil à agiotagem internacional". Ciro estava acompanhado da mulher, Patrícia Pillar.
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