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Eduardo Jorge defende Jatene de crítica de militantes de esquerda
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
O deputado federal Eduardo
Jorge (PT-SP) defendeu o cirurgião Adib Jatene, cotado para o
Ministério da Saúde do governo
de Luiz Inácio Lula da Silva, das
críticas de militantes da esquerda.
"Não faço parte, não apóio e
acho errado [as críticas". Quem
vai escolher é o presidente [Lula".
Se ele quiser convidar o Adib, é
um ótimo nome. Tem condições
técnicas e políticas."
Jorge negou que esteja apoiando o nome de Jatene para o cargo.
"Não estou apoiando e não estou
participando." Ele elogiou outros
cotados para o cargo.
Diante do fortalecimento de Jatene, militantes do setor de saúde
intensificaram um movimento
em prol da indicação de um nome
de esquerda para o cargo nas últimas semanas.
Manifestos foram enviados à
equipe de transição, em Brasília.
Jorge, que se licenciou da Secretaria da Saúde de São Paulo, é um
dos principais nomes do PT no
setor e também já foi cotado para
o ministério.
Sinal
Apesar de o deputado negar,
pessoas próximas a ele dizem que
a licença é sinal de que poderá
ocupar cargo no governo de Lula.
Uma "dobradinha" de Jatene e
Jorge na saúde, cada um em um
escalão, é cogitada por alguns petistas de São Paulo.
O fato de Jatene, diretor-geral
do Hospital do Coração de São
Paulo, ter sido ministro da Saúde
dos governos de Fernando Collor
de Mello e de Fernando Henrique
Cardoso pesa na rejeição da esquerda.
Mas o principal motivo é o fato
de o cirurgião defender idéias
consideradas, pela militância,
contrárias ao princípio da universalidade do SUS (Sistema Único
de Saúde), como o atendimento
de pacientes de planos em hospitais públicos.
"A trajetória dele é positiva. Não
há 100% de igualdade de opinião.
Desaprovo o movimento de hostilização. Ele é um patrimônio da
saúde", afirmou Jorge.
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