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MILITARES
Ato pede reajuste salarial
Parentes de oficiais fazem protesto no Rio
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Munidas de apitos e cartazes,
cerca de cem parentes de militares protestaram ontem por reajustes salariais durante cerimônia
em homenagem à participação do
Brasil na Segunda Guerra Mundial. O ministro da Defesa, José
Viegas, participou do evento, realizado no Monumento dos Pracinhas, na zona sul do Rio.
Vestidos com camisas negras
com a frase "Nada mais temos a
perder", os manifestantes, sobretudo mulheres, reivindicaram reposição de pelo menos 30% das
perdas salariais dos militares.
De acordo com o deputado federal Jair Bolsonaro (PTB-RJ), os
militares não têm aumento desde
dezembro de 2000: "Eu me reuni
com o ministro Viegas na terça-feira e saí da reunião sem nenhuma solução". A manifestação tinha o objetivo de chamar a atenção do ministro para a questão do
reajuste salarial, disse o deputado.
Para evitar a aproximação dos
manifestantes, militares colocaram cercas a uma distância de 8
metros do monumento, onde estava o ministro. "Se eles não deixarem que nós nos aproximemos,
vamos invadir", disse o deputado.
A invasão não aconteceu. Os manifestantes não puderam ter acesso ao monumento.
"Vamos apitar e levantar bem
alto o cartaz para que ele nos veja", disse Sandra Maria Cavalcanti, 40, que afirmou ser casada com
um sargento do Exército. Segundo ela, o marido ganha R$ 1.800
por mês. No início de abril, Viegas
disse que as Forças Armadas teriam o mesmo tratamento salarial
dado aos funcionários civis.
A data e os índices de reajuste
serão determinados pelo presidente Lula em um prazo ainda indefinido. O evento terminou sem
confrontos entre os manifestantes
e os soldados encarregados de
mantê-los longe do ministro.
(TATIANA SCHNOOR)
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