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Fazenda em RO é multada pelo Ibama em R$ 25 mi
Área foi palco de conflito em que 12 pessoas morreram
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na semana em que o massacre de Corumbiara completa 13
anos, o Ibama embargou a produção agropecuária e aplicou
multa de R$ 24,9 milhões por
crimes ambientais no palco do
conflito, a fazenda Santa Elina
(RO). A área, de 18 mil hectares,
fica nos limites das cidades de
Corumbiara e Chupinguaia.
Em 9 de agosto de 1995, numa ação de despejo de cerca de
700 sem-terra, dois PMs e dez
lavradores morreram. O caso
teve repercussão internacional.
O auto é resultado de um trabalho de Ibama, Incra e Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Vistoria do Incra no final de 2007 já havia apontado
crimes ambientais -dos 9.100
hectares de reserva legal da
área, só 53% estão preservados.
O auto de infração do Ibama
fala no uso de recursos naturais
pela agropecuária sem autorização ambiental, aponta a destruição de floresta permanente, devastação de floresta legal e
impedimento da regeneração
natural. Segundo o documento,
a fazenda Santa Elina foi dividida em três -Maranatá, N. Sra.
Aparecida e Água Viva.
Maria do Carmo de Morais,
dona da Água Viva (as outras
estão em nome de irmãs), disse
que o auto é "perseguição política" e afirmou que apresentou
plano de recuperação ao Incra.
Iraídes Morais, dona da Maranatá, disse que prepara um
projeto de reflorestamento para os próximos 20 anos e que
tem recolhido multas anteriores para argumentar que não
pode haver nova infração por
mesmo dano.
(EDUARDO SCOLESE)
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