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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br
"Não somos loucos"
Por aqui, os títulos reproduzem agências ocidentais
e, através delas, as autoridades georgianas. Nos EUA,
também o "Washington Post" e outros priorizam a
AP, com a frase do presidente georgiano, "não somos
loucos", ao anunciar suposto cessar-fogo.
Já o "New York Times", com dois correspondentes
na Geórgia, dois na Rússia e mais um em Washington,
seguia ontem o avanço russo para Gori, "cidade vital"
-e onde Stálin nasceu. Sublinhou o "alarme" em
Washington e a ameaça de "guerrilha" do presidente
georgiano, que fala sem parar ao Ocidente. Ao fundo,
em sites como Drudge e o "Telegraph", destaque aos
"líderes georgianos" que falavam de um ataque russo
ao oleoduto que abastece o Ocidente.
BOLHA "ESTOUROU"
Jornais europeus fecharam
a semana passada bradando
que a "bolha do petróleo estourou" e festejando que o
conflito na Geórgia não elevou os preços, sexta.
Mas o "Wall Street Journal", ontem em título, avisava
que "cai o petróleo, sobem as
ações... mas não aposte nisso".
As commodities podem até
seguir baixando, mas nada indica que as Bolsas venham a
ser beneficiadas.
"ECONOMIST" ERROU
A "Economist" que saiu um
dia antes do conflito na Geórgia dizia que, "se não é o prelúdio para uma guerra, arrisca
ser confundido com um". E
assim foi, com seu site acrescentando, com ironia, "Guerra, aparentemente".
Mas horas antes do ataque à
Ossétia pelas forças georgianas, a Economist Intelligence
Unit deu um texto equivocado
apostando que a Geórgia "não
quer guerra".
"WSJ" & OBAMA
John McCain partiu de imediato para o ataque à Rússia
-e a campanha de Barack Obama comentou que um assessor do republicano atuava como lobista da Geórgia em
Washington. E ontem o republicano já descrevia o democrata como "em sincronia com Moscou".
Se McCain apela à direita no exterior, Obama marca
pontos entre conservadores, em economia. O "Wall Street
Journal" deu editorial elogioso ao democrata por apoiar o
dólar forte para conter o preço da gasolina.
TEMOR PELA BOLÍVIA...
Sites do Brasil, com agências, noticiavam ontem as
pesquisas confirmando a vitória de Evo Morales no referendo. O "NYT", um dia antes,
ressaltou que ela "fortaleceria" o boliviano, mas também
que ele enfrenta até pedido de
"intervenção das forças armadas", apresentado pelo prefeito de Santa Cruz.
E PELA ARGENTINA
O argentino "Clarín" publicou ontem o texto "Temores
de Lula e de Washington"
com o que "acontece aqui".
Por exemplo, com o "rumor"
de renúncia de Cristina
Kirchner, em julho. Agora, o
medo de Brasil e EUA se relaciona à inflação -e a alguma
reação intempestiva do casal
que perdeu poder.
O ETERNO RETORNO
Michel Filho/"O Globo"
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Brilhante Ustra, "acusado de tortura", ocupou a capa do "Globo" na sexta. E Kennedy Alencar, ontem na Folha Online, deu que Lula "avalia punição" aos oficiais da ativa presentes ao Clube Militar, ao lado do coronel
O QUE ESTÁ EM JOGO
O "Chicago Tribune", da cidade também candidata aos
Jogos de 2016, deu longa reportagem com Lula em Pequim, detalhando a "estratégia do Brasil" e dizendo que
ele já "elevou a temperatura da corrida".
Por outro lado, a Veja.com deu que a Record dirigida
por Honorilton Gonçalves, também presente na China,
"driblou a Globo" e comprou os direitos de transmissão
dos Jogos Pan-Americanos no México, em 2011. A Record
comprou antes os Jogos de Inverno de 2010, no Canadá, e
os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres.
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@ - Nelson de Sá
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