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OUTRO LADO
Ex-secretária diz que ano eleitoral foi empecilho
DA AGÊNCIA FOLHA
A ex-secretária de Assistência Social durante o governo
Fernando Henrique Cardoso
(PSDB), Wanda Engel, afirma
que o atraso na conclusão do
Cadastro Único dos Programas
Sociais, além dos problemas
com as prefeituras, ocorreu
também devido ao transcurso
do ano eleitoral.
Nesse período, segundo ela,
havia o receio de uso politiqueiro do registro de pobres
feito pela União.
Salientando que 97% das prefeituras do país já têm famílias
cadastradas em programas sociais desenvolvidos pelo governo federal, Engel diz que a secretaria promoveu várias palestras para prefeitos e que,
apesar de existirem programas
restritivos, havia outros que
também estavam sendo desenvolvidos pela União.
A ex-secretária cita, por
exemplo, o auxílio-gás, que é
destinado para todas as famílias pobres do país, independentemente da demanda.
"Faz parte da função pública
definir prioridades. Representa
pouco espírito público o prefeito excluir famílias só porque
haveria outras que ficariam de
fora", diz a ex-secretária de Assistência Social, em relação a
prefeituras que resolveram não
cadastrar ninguém com o temor da pressão que sofreriam
dos excluídos.
Continuidade
O governo do PT vem afirmando que não vai extinguir os
atuais programas sociais e que
pretende continuar desenvolvendo o cadastro único iniciado durante a administração de
Fernando Henrique Cardoso.
A Agência Folha enviou
questionamentos à ministra de
Assistência e Promoção Social,
Benedita da Silva, sobre a intenção do governo do PT em
continuar os programas, mas
não obteve resposta até o fechamento desta edição, na tarde de ontem.
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