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Lula cativa por humildade e simpatia
Datafolha mostra que 91% apontam presidente como humilde e 88% como simpático; menores taxas são para inteligência e ação de democrata
PLÍNIO FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Humildade e simpatia são os
maiores atributos da imagem do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, revela o Datafolha. Dos entrevistados, 91% afirmam que ele é
humilde -contra 6% que o
apontam como orgulhoso-, e
88%, simpático -com 8% classificando-o como antipático.
Aos 102 dias de governo e com
43% da população avaliando-o
como ótimo ou bom administrador, o presidente sai com uma
percepção positiva nos nove pontos que o levantamento propõe.
É visto como sincero (81%), decidido (76%) moderno (74%),
muito trabalhador (70%), mais
respeitador dos pobres (70%),
muito inteligente (69%) e democrático (64%).
Em comparação com pesquisa
de junho de 1998, quando Lula era
candidato a presidente, cresceu 31
pontos o percentual dos que o definem como simpático, 28 pontos
os que o vêem como sincero, 27
pontos os que afirmam que trabalha muito e 26 pontos os que o
classificam como humilde.
Àquela época, Lula era visto como humilde (65%), mais respeitador dos pobres (61%), decidido
(58%) simpático (57%), sincero
(53%), muito inteligente (51%),
moderno (51%) e muito trabalhador (43%). Saía com uma imagem
majoritariamente positiva dos oito atributos listados.
Em setembro de 1999, quando
Fernando Henrique Cardoso
exercia o primeiro ano de seu segundo mandato, o Datafolha propôs a mesma avaliação para o então presidente.
FHC aparecia como mais respeitador dos ricos (78%), muito
inteligente (67%), pouco trabalhador (64%), falso (62%), orgulhoso (59%), indeciso (56%), moderno (54%), simpático para 46%
e antipático para outros 46% e democrático (44%).
Ou seja, de nove atributos, apareciam cinco como negativos
(mais respeitador dos ricos, pouco trabalhador, falso, orgulhoso e
indeciso) e um caso de empate
(simpático/antipático).
Desgastado por cinco anos no
poder e ainda vivendo os meses
posteriores à divulgação de grampos sobre a privatização da Telebrás, FHC havia atingido naquele
setembro de 1999 sua mais alta taxa de reprovação, com 56% dos
entrevistados classificando sua
administração como ruim ou péssima e 13% como ótima ou boa.
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