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"Principal problema é falta de empregos ", diz filho do ministro
DO ENVIADO A CRUZEIRO DO OESTE (PR)
Filho do ministro José Dirceu
(Casa Civil), Carlos Becker de Oliveira e Silva, o Zeca do PT, 25,
também trilha uma carreira política. Por enquanto, porém, ainda
não teve o sucesso do pai.
Em 2000, concorreu ao cargo de
vereador em Cruzeiro do Oeste
(PR), cidade em que Dirceu viveu
de 1975 a 1979, mas perdeu.
Em 2002, candidatou-se, pelo
PT, a deputado federal pelo Paraná, também sem sucesso. No ano
que vem, deve tentar a Prefeitura
de Cruzeiro do Oeste.
Leia a seguir trechos da entrevista dada por Oliveira e Silva à
Folha.
(SÉRGIO DÁVILA)
Folha - Você já está em campanha
para a prefeitura?
José Carlos Becker de Oliveira e
Silva - Não, até porque é proibido
por lei.
Folha - Mas seu pai não vem aqui
lançar sua candidatura?
Oliveira e Silva - Não, ele vem
porque é meu aniversário no dia
21 e para eventos com empresários, acadêmicos e políticos. Ele
falou meio animado que vinha fazer comício para me lançar [durante encontro com políticos e
empresários na semana passada,
em São Bernardo, José Dirceu disse: "Meu filho faz aniversário agora, sábado, e eu vou à cidade em
que fiquei clandestino. Ele perguntou se eu tinha objeção em fazer comício na cidade. Eu disse:
"Não, vamos fazer um comício à
noite". Porque lá ninguém diz que
eu sou candidato. Ele sim quer ser
prefeito"], mas não é certo.
Folha - Você não é candidato?
Oliveira e Silva - Bom, se estiver
no desejo da população da cidade... Eu ainda estou analisando,
mas tenho disposição, sim.
Folha - Foi seu pai que o ensinou a
ser cuidadoso assim?
Oliveira e Silva - Faço política
desde 1999, quando assumi a presidência do PT aqui em Cruzeiro.
No ano seguinte, já cuidava da
coordenação política da microrregião. Mas com sete anos de idade eu subia nas mesas de cortar
tecidos da loja da minha mãe e fazia discursos. Está no sangue...
Folha - Então, se o povo insistir
muito, você pensar bem, resolver
concorrer à Prefeitura e for eleito,
quais são seus planos para a Cruzeiro do Oeste?
Oliveira e Silva - O principal problema da cidade hoje é a falta de
empregos, assim como o do resto
do país. E a administração atual é
muito precária, não-profissional.
Tem de haver mais transparência.
Folha - Você concorda com seu
pai na questão dos chamados "radicais do PT"? Também acha que
deviam fechar com o governo?
Oliveira e Silva - Os radicais são
um fator que sempre existiu no
partido, só estão evidenciados pela mídia agora porque o PT chegou ao poder. Mas acho que estamos conduzindo bem a questão.
Se formos pensar bem, o próprio
José Dirceu mesmo já foi um "radical", já manifestou posições
contrárias ao partido antes.
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