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Projetos visam
intensificar investigações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A lavagem de dinheiro é uma
prática corriqueira, diversificada
-compra de imóveis, obras de
arte, uso de laranjas etc.- e em
regra não é "enxergada" pelas autoridades que atuam na repressão
ao crime.
Segundo dados levantados pelo
DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), órgão do
Ministério da Justiça especializado no combate à lavagem de dinheiro, desde 1998, a prática desse
crime levou a Polícia Federal a indiciar 193 pessoas e o Superior
Tribunal de Justiça a três condenações. Não há nenhum caso de
condenação na Justiça Estadual.
"A lei foi apresentada como um
crime sofisticado, mas é muito
simples e está no cotidiano. Veja
um exemplo: há muitos casos de
prefeitos denunciados por corrupção. Eles usaram laranjas. Portanto, ocultaram dinheiro. Isso é a
lavagem. Mas os processos não a
incluem", diz Antenor Madruga,
responsável pelo DRCI.
Projetos
O DRCI está desenvolvendo
projetos pilotos com o objetivo de
intensificar as investigações sobre
a lavagem de dinheiro. Em convênio com a Secretaria de Fazenda
de São Paulo, por exemplo, a idéia
é que os fiscais de renda, em sua
rotina, comparem o perfil da atividade de uma empresa com a
possibilidade de ter sido utilizada
para manipular um faturamento
e, conseqüentemente, esquentar
dinheiro de origem não comprovada.
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