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SAIBA MAIS
Documentos comprovam contas na Suíça
DA REPORTAGEM LOCAL
O envio de documentos bancários da Suíça ao Brasil, em
março deste ano, marcou o fim
de dois anos e meio de espera
por parte dos procuradores e
dos promotores que investigam o suposto crime de evasão
de divisas atribuído ao ex-prefeito Paulo Maluf (PP).
Os documentos comprovam
a abertura de contas em Genebra e colocam o ex-prefeito como o beneficiário dos valores.
Entre os papéis enviados, consta um pedido de abertura de
conta com uma assinatura similar a de Maluf -ele não confirma ser a dele.
Maluf nega veementemente
possuir conta no exterior. Disse
que quem encontrar o dinheiro
receberá uma procuração para
ficar com a quantia.
Segundo os papéis, no entanto, Maluf manteve uma conta
no Citibank de Genebra entre
1984 e 1997 (ele foi prefeito entre 1993 e 1996). Depois, os valores foram transferidos para
Nova York (EUA) e, em seguida, remetidos para a ilha de Jersey, um paraíso fiscal no canal
da Mancha.
Em junho de 2001, a Folha
publicou que autoridades de
Jersey haviam bloqueado pelo
menos US$ 200 milhões pertencentes ao ex-prefeito.
Apesar da ajuda da Suíça, Jersey ainda não ajudou o Brasil
com documentos bancários.
Pelo fato de o ex-prefeito ter
mais de 70 anos (tem 72 anos),
a lei brasileira prevê a redução
pela metade do tempo de prescrição (prazo de extinção do
processo) para as ações criminais. Ele só poderá ser acusado
se ficar comprovado que movimentou dinheiro no exterior a
partir de 1998. Na ação cível
que corre contra Maluf não cabe prescrição.
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