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Greve é contra desmanche, afirma servidor
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
O superintendente do Incra em
Minas Gerais, Marcos Helênio,
afirmou à Agência Folha que o
grave problema da falta de estrutura com pessoal nas unidades estaduais do órgão só pode ser resolvido de maneira "política".
Isso significa, segundo ele, que
os Estados precisam colocar servidores estaduais capacitados para ajudar o Incra nas tarefas de
vistoriar áreas e também nas tarefas burocráticas da questão agrária. Mas, para que isso aconteça, o
Ministério do Desenvolvimento
Agrário deveria negociar com os
governadores.
A principal reivindicação funcionários grevistas do Incra é a
reestruturação do órgão, para "reverter o processo de desmanche
do governo FHC", afirma José
Vaz Parente, 53, do colegiado a
Cnasi (Confederação Nacional
dos Servidores do Incra).
Segundo Parente, somente com
reestruturação do Incra e a criação de um plano de carreira para
os funcionários, vai ser possível
cumprir a meta de assentamento
de 115.000 famílias, neste ano,
dentro do plano de reforma agrária do governo Lula.
"A situação é tão precária hoje,
que mesmo com os altos índices
de desemprego no país, ninguém
quer trabalhar no Incra", disse
Parente. Ele estima que o governo
federal terá que dobrar o número
de funcionários para que a meta
de assentamento seja cumprida e
que os 400 mil assentados "recebam assistência eficaz para o processo de recuperação dos projetos
de assentamentos existentes".
Parente disse que o movimento
busca recuperar a capacidade
operacional do órgão, sob o risco
de o "governo Lula repetir neste
ano a agenda negativa de reforma
que obteve no ano passado".
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