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Em clima de espetáculo, sigla lota estádio
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em clima de grande espetáculo, com as cores da Copa
do Mundo e no ritmo de forró, o PSDB venceu o desafio
de lotar, com cerca de 10 mil
pessoas, o ginásio Nilson
Nelson, na convenção nacional do partido em Brasília.
No palanque, um clima de
"revival", com o reencontro
de fundadores da legenda.
Na geral, torcedores, em sua
maioria do entorno de Brasília, de Goiás e do Tocantins,
falavam -mais do que sobre votar no presidenciável
José Serra- da expectativa
de deixar de ser desempregado, trabalhar na campanha tucana e ganhar R$ 200
mensais.
Moradora de Samambaia,
cidade-satélite a 70 quilômetros de Brasília, a estudante
Cristiane de Souza, 16, é candidata a uma das vagas no
exército que trabalhará para
eleger Serra. Também na fila
está o agricultor José Divino
Barros, 49, morador de Aparecida do Rio Negro (TO),
que viajou 900 quilômetros
para participar da convenção tucana.
No colorido das arquibancadas, chamou a atenção,
além da imensa bandeira
que lembrava a presença do
Tocantins, uma faixa do ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, em apoio a
Serra.
O ministro, que no ano
passado tentou se colocar
como candidato a presidente, mas perdeu o lugar, disse
que a iniciativa foi um gesto
natural. "Nas convenções,
eu sempre saúdo os convencionais. Não poderia ser diferente nessa", declarou.
As torcidas, uniformizadas
com as 9.000 camisetas distribuídas pela organização
do evento, disputavam a
atenção da cúpula tucana.
Para ajudar no espetáculo,
receberam: 350 bandeiras,
400 cartazes e, para o barulho -com grande possibilidade de aproveitamento nos
jogos do Brasil na Copa-
250 cornetas e buzinas verdes, amarelas e azuis.
Às 11h não havia mais nada para distribuir. Exceção
feita a 2.500 bonés, reservados para colorir as cabeças
de convencionais do PMDB
que se integrariam ao evento
tucano tão logo ficassem liberados de sua própria convenção, que acontecia simultaneamente no Congresso.
Circulando entre o tucanato, o coordenador-executivo
da campanha, Milton Seligman, comemorava o sucesso
do espetáculo. "Não deu trabalho político. Nosso desafio
foi operacional", declarou
Seligman.
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