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outro lado
Petista diz que agiu em prol de fundos estatais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado José Eduardo
Cardozo diz que entrou com
a representação no Ministério Público Federal única e
exclusivamente em defesa
do interesse público. Mais
especificamente, em prol dos
fundos de pensão estatais,
acionistas da Brasil Telecom.
"Tive informação de que
os fundos foram lesados. Havendo indicadores de que o
dinheiro público havia sido
malversado, eu tinha o dever
de representar", disse.
Ele afirmou que, primeiro,
recebeu a denúncia do prejuízo aos fundos de forma
anônima. Mas admite hoje
saber que sempre foi ajudado
pelos dirigentes da BrT durante a gestão do Opportunity. Cardozo contou que, ao
longo do procedimento, os
advogados da BrT passaram
a ele, "várias vezes", documentos e informações.
Ele reconheceu que conversou com o então diretor
jurídico da BrT, Sami Arap
Sobrinho. "Eu conversei inclusive, à época, com o diretor do jurídico da BrT, que
obviamente tinha interesse...
no questionamento judicial
dessa transação", disse.
Questionado por que, então, os fundos de pensão declararam ao Ministério Público que não tiveram prejuízo com a compra da CRT, o
deputado responde: "Achei
muito estranho, inclusive recorri disso." Após o procedimento cível ter sido arquivado, por conta dos depoimentos dos dirigentes dos fundos, Cardozo recorreu na esfera administrativa, mas a
Procuradoria da República
manteve o arquivamento.
Afirmou que nunca conversou ou recebeu qualquer
ajuda do advogado Antonio
Carlos de Almeida Castro, o
Kakay, nesse caso. Kakay
disse à Folha que nunca conversou sobre o assunto com
Cardozo, apesar de conhecer
o deputado. Também afirmou que não tratou do assunto com Daniel Dantas.
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