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outro lado
"Não é crime pedir dinheiro", diz ex-prefeito
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-prefeito de São
Paulo Celso Pitta afirmou
ontem à Folha que não vê
"nada de incriminador"
em uma pessoa pedir dinheiro a outra e disse que
é um "absurdo" colocá-lo
na mesma situação de outros presos durante a Operação Satiagraha da PF.
"O diálogo é de um cidadão pedindo dinheiro a
outro. Desde quando isso
é crime? Não sei. Absolutamente improcedente
qualquer acusação de crime." O ex-prefeito disse
que estava pedindo o dinheiro como um amigo.
"Não vejo nada de ilícito,
nada de criminoso."
Segundo Pitta, a opinião
generalizada é que ele é
um personagem "menor"
nesta investigação. "Desde
que tiveram a ironia de me
considerarem como "bagrinho" e mais o fato dessas piadas todas que estão
fazendo, de eu abrir a porta com pijama da 25 de
março, de que outros saíram com mala da Louis
Vitton, enquanto eu saí
com um saco de lixo... Isso
mostra claramente que
não se trata da mesma coisa", afirmou
"Obviamente me colocar na mesma situação
econômica e financeira
dos outros é um absurdo
da maior expressão", continuou o ex-prefeito.
A advogada de Pitta,
Ruth Stefanelli Wagner
Vallejo, afirmou anteontem que seu cliente não
tem nem nunca teve contas bancárias no exterior.
"O Ministério Público e
a Polícia Federal cometem
um equívoco ao falar de
contas ilegais de Pitta fora
do Brasil. O ex-prefeito
não tem dinheiro no exterior", afirmou.
A defensora disse também que, em um momento oportuno, Pitta irá explicar precisamente seu
relacionamento com o investidor Naji Nahas.
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