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SENADO
Mesa Diretora desiste de criar cargos sem concurso público
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Mesa Diretora do Senado recuou e desistiu de criar
97 cargos comissionados.
Pressionados, os integrantes
do órgão autorizaram ontem
o presidente Garibaldi Alves
Filho (PMDB-RN) a anunciar o arquivamento da proposta que previa a abertura
de vagas sem concurso público com salários de R$ 9,9 mil.
A decisão havia sido tomada na reunião da Mesa Diretora na semana passada. Na
ocasião, apenas Garibaldi Alves se manifestou contra a
idéia. Ao saber do caso, Pedro Simon (PMDB-RS) lembrou que a proposta devia ser
avaliada pelo plenário, como
determinam a Constituição e
o regimento interno.
Estabelecida a polêmica,
os demais integrantes da
Mesa passaram a culpar os líderes partidários pela proposta. Eles, no entanto,
apontaram o primeiro-secretário da Mesa, Efraim
Morais (DEM-PB), como
responsável pela coleta de
assinaturas do requerimento
para a criação dos cargos.
Ontem, Garibaldi responsabilizou apenas a Mesa.
"Não podemos culpar os líderes", disse. "Os integrantes da Mesa concordaram
em arquivar essa proposta",
completou o presidente.
"Na hora em que não houve unanimidade, se afastou a
possibilidade de decisão.
Quem sai fortalecido é o Senado, que soube reconhecer
que a medida não era oportuna", disse Garibaldi
Os 97 cargos seriam distribuídos para cada gabinete
dos 81 senadores e das 16 lideranças partidárias. A medida chegou a ser anunciada
como forma de equiparar o
aumento da verba de gabinete feita pela Câmara dos Deputados em abril deste ano.
Apesar de ser contra a
criação das vagas comissionadas, o presidente Garibaldi afirmou haver deficiência
de servidores na Casa e, por
isso, será feito um concurso
público. Cerca de 150 vagas
para servidores efetivos serão abertas. As provas deverão ocorrer em setembro.
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