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PF apreende oito pessoas em operação no Amapá
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Menos de uma semana depois de deflagrar Operação Toque de Midas, a Polícia Federal
empreendeu ontem uma nova
ação, desta vez de combate à lavra e à retirada clandestina de
ouro no Amapá.
Na operação batizada de
Akator -termo usado pelos
maias para definir uma cidade
lendária cujas construções
eram todas de ouro maciço-,
oito pessoas foram presas.
Duas estão foragidas. Entre os
detidos, dois trabalham no
DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) do
Amapá, cinco são empresários
e há uma servidora da Junta
Comercial do Estado.
O superintendente da PF no
Amapá, Anderson Rui Oliveira,
afirmou que não há relação entre essa operação e a que envolve a empresa de Eike Batista.
Segundo a polícia, as investigações iniciaram em junho de
2007, após denúncia de lavra e
extração clandestinas de ouro
no distrito de Lourenço, em
Calçoene (366 km de Macapá).
Uma organização criminosa
forjava laudos para superestimar o potencial mineral da lavra de ouro da empresa Mineração Cachoeira para atrair investimentos estrangeiros.
Uma mineradora do Canadá,
cujo nome não foi revelado, veiculava na internet que o local
era um novo "eldorado".
Segundo o delegado José
Fernando Chuy, os laudos
eram emitidos por João Batista
Picanço, ex-chefe do 16º Distrito do DNPM. Ele não foi encontrado pela reportagem ontem.
Valores movimentados indevidamente nas bolsas estrangeiras ainda estão sob investigação. "É um esquema de que
nunca se teve notícia no cenário da mineração."
Em nota, a PF disse que houve "omissão do DNPM local no
trato das questões atinentes à
exploração de recursos minerais no Amapá". Segundo o chefe do DNPM no Amapá, Celso
Marques Jr., o órgão colaborou
com as investigações. Um processo administrativo foi aberto
contra os dois servidores.
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