DA SUCURSAL DO RIO

As áreas a serem alvos de uma possível atuação do Exército durante as eleições no Rio, onde traficantes e grupos paramilitares impõem candidatos aos eleitores da região, foram listadas há 19 dias pelo Tribunal Regional Eleitoral, com base em denúncias anônimas enviadas ao tribunal. A Polícia Federal, por sua vez, investiga os crimes eleitorais nessas localidades, para identificar os políticos que se beneficiam da prática.
A forma com que as Forças Armadas vão atuar, no entanto, ainda não foi definida. O presidente do TRE-RJ, Roberto Wider, preferia investir mais no "trabalho de inteligência" realizado pela PF antes de convocar os militares, mas ligou para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, para demonstrar apoio à autorização do emprego das Forças Armadas.
A atuação militar teria como objetivo acabar com as pressões de criminosos a eleitores e garantir o livre acesso de candidatos às favelas da capital para exporem suas propostas.
Conforme o TRE, na favela da Carobinha, a candidata Carmen Guimarães, a Carminha Batgirl (PT do B), seria beneficiada pela milícia chefiada por seu pai, o vereador Jerônimo Guimarães Filho (PMDB), o Jerominho, preso desde dezembro.
Milicianos também agiriam na favela de Rio das Pedras em favor da reeleição do vereador Josinaldo da Cruz, o Nadinho (DEM), e nas comunidades de Santa Cruz e Jacarepaguá, segundo o TRE.
O tráfico agiria nas favelas Vidigal e Rocinha em favor de Luiz Cláudio de Oliveira, o Claudinho da Academia (PSDC), e na Vila Cruzeiro em benefício do vereador Jorginho da SOS (DEM). Todos os candidatos negaram envolvimento com criminosos.


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