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OUTRO LADO
Dirigente nega ter cobrado pelo uso da legenda
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Responsável pelo partido
no Distrito Federal, Francisco Mota Cruvinel negou que
o Prona tenha cobrado dinheiro pelo uso da legenda
nas candidaturas a deputado
distrital do ano passado.
"Isso não tem o menor cabimento, isso é coisa de um
rapaz que vem fomentando
essa história porque ficou
descontente com o resultado
da eleição", afirmou.
Segundo Cruvinel, esse
"rapaz" seria Joadson Lustosa, que ocupou a única vaga
de deputado federal do Prona no Distrito Federal. Procurado pela Folha, Lustosa
preferiu não se manifestar
sobre o assunto.
Questionado pela reportagem, Cruvinel disse que a intenção de Lustosa era desestabilizar o partido em Brasília e ocupar sua presidência.
Por causa das divergências,
Cruvinel decidiu deixar a
presidência local do partido.
Agora, de acordo com o
relato de Cruvinel, Lustosa
estaria "fomentando" os
candidatos derrotados porque "houve alguma coisa parecida [com venda de postos
na legenda] em São Paulo."
A Folha procurou o presidente do Prona, o deputado
federal Enéas Carneiro, durante toda a sexta-feira. Em
seu gabinete informaram
que ele estava viajando para
São Paulo.
Na sede do Prona no Estado, disseram à reportagem
que somente uma mulher
chamada Ivete, advogada de
Enéas Carneiro, poderia falar sobre o assunto.
A Folha conversou com
ela por volta das 14h e narrou o conteúdo da reportagem. Ela disse que não poderia anotar o telefone da reportagem porque estava em
reunião e pediu que fosse
feita nova ligação à tarde.
No fim do dia, Ivete não
atendeu o telefone. O telefone celular de Enéas esteve
desligado durante todo o
dia. Os recados deixados nos
dois celulares não foram respondidos até o fechamento
desta edição.
(AM e ID)
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