São Paulo, domingo, 18 de abril de 2004

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Governo tem "vozes diferentes", diz Olívio

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro das Cidades, Olívio Dutra, comparou o governo a uma orquestra "com vozes e instrumentos diferentes", que está constantemente ensaiando. Para ele, que participou do encontro do diretório nacional do PT, a política econômica é "uma partitura que tem vários movimentos".
Olívio defendeu a política econômica -"acho que está boa"- e disse que a orquestra, apesar de grande, ainda tem "muita gente querendo entrar, com vozes e instrumentos diferentes", em alusão aos grupos de esquerda do partido e também aos aliados, como o PMDB, que negocia mais cargos.
O líder do governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (SP), criticou a ala mais à esquerda do partido. "A sociedade tem de compreender que ela tem de olhar o PT, não os outros segmentos minoritários". Luizinho disse que a política econômica não muda. "Não há outra saída que não seja o superávit primário, que demonstre nossos compromissos com as dívidas interna e externa."
Minoritária no diretório, a esquerda tinha ontem seis teses, que deveriam ser unificadas. Sem força para aprová-las, a intenção era incluir emendas no documento final, que não deve ser contundente contra a política econômica. Segundo o deputado Ivan Valente (SP), as medidas emergenciais defendidas eram seis, como queda dos juros, redução do superávit primário, flexibilização das metas de inflação e retomada do papel de fomento do Estado.


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