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Imprensa estrangeira acusa falta de informação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Correspondentes estrangeiros
sediados em Brasília afirmam que
estão encontrando uma série de
dificuldades para obter informações do atual governo. "A gente vê
que nessa estratégia de não atender a imprensa o governo perde a
oportunidade de responder algumas interrogações que ficam no
ar", disse o presidente da Associação dos Correspondentes Estrangeiros em Brasília, o salvadorenho Manuel Martinez.
Esse assunto foi discutido em
assembléia realizada pela associação na última sexta-feira à noite.
Segundo Martinez, os correspondentes avaliaram que o relacionamento com alguns ministérios
melhorou em relação ao governo
anterior, como é o caso do Itamaraty, mas em geral a dificuldade
aumentou.
"Notamos algumas dificuldades
que não tínhamos no governo anterior. Não percebemos ainda se
se trata de uma estratégia que ainda não entendemos ou se está havendo simplesmente desencontros típicos de um início de governo", afirmou.
Martinez disse que foi recebido
no início de março pelo secretário
de Imprensa da Presidência, Ricardo Kotscho, que ouviu um relato sobre as necessidades dos
correspondentes no dia-a-dia.
Segundo ele, Kotscho disse que
Lula não daria entrevistas neste
semestre. "Nós respeitamos esse
prazo. Não somos intolerantes",
disse ele, ressaltando que os correspondentes esperam que Lula
fale a partir do segundo semestre.
Martinez disse que nota na
equipe de comunicação do governo uma vontade de acertar, mas
que os correspondentes gostariam de ser mais ouvidos. Ele disse que a associação decidiu voltar
a falar com Kotscho sobre as dificuldades que persistem.
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