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"Febre do ouro" atrai comerciantes
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ALTAMIRA (PA)
"Garimpo é um vício, uma febre. Tudo o que o garimpeiro ganha gasta na mesma noite. Poucos conseguem guardar dinheiro
e é muito difícil ver um garimpeiro rico. É um estilo de vida."
Com essa frase, o garimpeiro José Monteiro Teixeira, 46, o Marupá, resume os 18 anos em que trabalhou em mais de dez garimpos
espalhados pelo país.
Mas a febre do ouro não atrai
apenas garimpeiros. Cozinheiras,
comerciantes, barqueiros e até
operadores de rádio amador se
mudaram para o garimpo de Jurucuá nos últimos quatro meses.
Ricardo Alves da Silva, 34, montou uma barraca com um equipamento de rádio amador e cobra
-em ouro- para fazer contatos
com outras localidades.
"Com esse equipamento a gente
consegue falar em qualquer lugar
do mundo. Já temos anotadas todas frequências que os garimpeiros querem se comunicar."
O valor do contato via rádio
amador depende da frequência,
mas custa em média meio grama
de ouro. O equipamento serve para que os comerciantes façam encomendas para os barqueiros trazerem mantimentos ao garimpo
-caso do comerciante Josibias
de Figueiredo Lemos, 58, que investiu cerca de R$ 6.000 para
montar um bar-merceraria em
um dos pontos mais frequentados pelos garimpeiros à noite.
Lemos instalou no bar a única
TV via satélite do garimpo para
atrair a clientela, principalmente
em dia de jogos de futebol.
(MS)
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