São Paulo, domingo, 18 de agosto de 2002 |
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PAINEL Choro tucano José Serra (PSDB) está bem contrariado com FHC. Em conversas reservadas, o candidato tucano tem dito que o presidente está muito mais preocupado com o final de seu governo do que em elegê-lo como sucessor. À distância FHC, que desagradou a Serra ao convidar os presidenciáveis para conversas no Planalto amanhã, não atacará nenhum deles no programa eleitoral do PSDB. Herança governista O presidente apenas destacará pontos de seu governo, principalmente a estabilidade econômica, e dirá que Serra é o candidato mais preparado para sucedê-lo. FHC não pretende nem citar os nomes de Ciro e de Lula. Receita da oposição Lula vai sugerir a FHC amanhã que o governo tome medidas para que os bancos abram linhas de financiamento para a produção e o consumo. Segundo o petista, sem novos financiamentos a economia não aguentará chegar inteira ao final do ano. Beija-mão Ciro Gomes pretende voltar duas vezes à Bahia antes da eleição. A próxima visita ao Estado deverá ser no dia 4 de setembro, no aniversário de ACM. Identificação total Maria Lúcia Alckmin chegou sozinha na quinta-feira ao encontro de prefeitos que apóiam a reeleição do governador tucano. Quando a primeira-dama de São Paulo desceu do carro, a claque contratada para ajudar Alckmin começou a gritar: "É a Rita, é a Rita. Rita! Rita! Rita". Aparar arestas Gustavo Marin, presidente do Citibank, pediu a Emerson Kapaz (PPS) que intermediasse uma conversa com Ciro Gomes. Marin quer desfazer o mal-estar provocado pela discussão do candidato com José Pereira, diretor-executivo do banco de investimentos do Citibank. Prioridade presidencial O PT nacional quer a ajuda de Itamar, que apóia Aécio Neves na eleição mineira, para convencer o tucano a ficar neutro num eventual segundo turno entre Lula e Ciro. Problema: o PT mineiro, com chance mínima na eleição, tem jogado ao lado de Newton Cardoso (PMDB) no bombardeio ao tucano. Me dê motivo A cúpula do PT deve pedir aos petistas mineiros que não sirvam de bucha de canhão para Newton Cardoso, de quem são inimigos históricos. Assim, Itamar terá discurso para tentar convencer Aécio a não declarar apoio a Ciro, com quem tem boa relação pessoal. MG é o segundo maior colégio eleitoral do país. Logo nisso Lula mandou avisar a Suplicy que não poderia comparecer a evento promovido ontem pelo senador. Marcara uma entrevista em Campinas. O evento debateria justamente o tema mais caro ao senador, a Renda Mínima. Suplicy trouxe até o "papa" do assunto, Philippe Van Parijs. Ilusão de ótica Nos seus programas eleitorais de TV, Ciro (PPS) aparecerá sempre sereno, mesmo ao fazer críticas ao governo federal ou aos demais adversários. Dedo no gatilho Serra só está esperando Ciro aparecer nos programas de TV dos candidatos a governador para acionar o TSE. Pose de estadista Contrariando seu estilo, o marqueteiro Duda Mendonça não usará clipes nem apresentadores nos primeiros programas de Lula. No horário eleitoral, o presidenciável petista falará sobre a conjuntura nacional. Caso de polícia O ex-governador Adauto Bezerra (PFL-CE) teve sua carteira roubada dias atrás em comício dos tucanos Tasso Jereissati e Lúcio Alcântara em Barbalha (CE). O pefelista ficou sem R$ 900 e um talão de cheques. TIROTEIO Do economista José Roberto Afonso, que integra a equipe do presidenciável José Serra, sobre o acordo com o FMI: - Nós defendemos a ida do país ao Fundo. Ciro Gomes, pelo jeito, prefere que o Brasil vá para o fundo. CONTRAPONTO Picadeiro eleitoral
A cidade de Paulistana (PI), a
600 km de Teresina, fez uma
grande festa na última quinta
para comemorar seu aniversário. O palanque, montado na
praça principal, ficou apinhado
de políticos em busca de votos,
incluindo os dois principais
candidatos ao governo: o atual
governador, Hugo Napoleão
(PFL), e o deputado federal Wellington Dias (PT). |
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