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OUTRO LADO
Presidente da Ceres disse que irá à Justiça
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Ceres, Luiz
Gomes de Souza, disse que pretende ir à Justiça para recuperar os prejuízos causados por
operações fraudulentas lideradas por corretoras, entre elas a
RMC, nos anos 90.
"Antes disso, porém, precisamos ter acesso ao relatório e
conhecer os responsáveis [pelas irregularidades"", afirmou.
Segundo ele, a Ceres enviou
mensagens eletrônicas para os
participantes do fundo avisando que já havia solicitado à Comissão de Valores Mobiliários
informações sobre a auditoria
feita em suas operações e que
lhe causaram prejuízos em benefícios de corretoras.
"Temos que tranquilizar os
participantes, porque nosso
negócio depende da confiança
deles", disse Souza, que aguarda uma resposta da CVM.
Em maio de 98, a então diretoria da Ceres enviou à Secretaria de Previdência Complementar (SPC) defesa na qual
argumenta que analisar posteriormente operações no mercado financeiro "é muito fácil".
"A fiscalização demonstra a
falta de conhecimento nos assuntos de administração financeira de recursos ao alegar que
a Ceres deixou de ganhar US$
48,8 milhões, sem se preocupar
em verificar as variáveis existentes no exato momento em
que a Ceres estava decidindo a
sua estratégia e suas operações", diz o texto.
Segundo a defesa da Ceres,
"não são corretas as afirmações
da fiscalização, pois o fundo
decidiu aplicar essa parte de
seus recursos no mercado de
opções, de forma a efetuar operações de renda fixa na Bolsa de
Valores, com taxas maiores
que as do mercado de renda fixa e com possibilidades de alavancagem da rentabilidade
pactuada e riscos mínimos calculados".
Procurada pela Folha, a RMC
informou que não teria como
comentar o assunto.
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