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PF indicia Dantas e mais 9; caso segue para o Ministério Público
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal indiciou
ontem o banqueiro Daniel
Dantas e mais nove pessoas do
grupo Opportunity, entre elas
Verônica Dantas, sob a acusação de formação de quadrilha e
gestão fraudulenta .
O advogado de Dantas e das
outras pessoas do Opportunity,
Nélio Machado, confirmou a
informação na saída do depoimento, mas chamou o inquérito da PF de "peça de ficção".
As principais suspeitas contra o banqueiro giram em torno
da manutenção e gestão do Opportunity Fund, nas Ilhas Cayman, e da falta de comunicação
de movimentações financeiras
atípicas nas contas de correntistas do banco Opportunity
aos órgãos públicos e de controle interno.
Foram indiciados, além de
Dantas e sua irmã Verônica,
Carlos Rodemburg, Itamar Benigno Filho, Norberto Aguiar
Tomaz, Arthur Joaquim de
Carvalho, Eduardo Monteiro,
Maria Amália Delfim de Melo
Coutrim, Dório Ferman e Danielle Silbergleid Ninio.
A defesa rebateu a acusação
de gestão fraudulenta, dizendo
que ela é, na verdade, bem sucedida. Machado disse que há a
tentativa de "criar artificialmente um delito de gestão
fraudulenta em cima de uma
gestão exitosa."
O crime de gestão fraudulenta de instituição financeira é
previsto na lei federal 7.492/86,
que trata dos crimes contra o
sistema financeiro nacional. A
pena prevista é a reclusão de 3 a
12 anos, e multa.
Sobre o indiciamento dos 10
membros do Opportunity sob a
acusação de formação de quadrilha, Machado disse que esse
"é um artifício acusatório porque apimenta o noticiário" e
que esse é "o crime da moda".
O indiciamento é um ato policial pelo qual o presidente do
inquérito conclui haver suficientes indícios de autoria e
materialidade do suposto crime -e não significa culpa ou
condenação.
Após o indiciamento, que
costuma ser o ato final do trabalho do policial, o inquérito é
analisado pelo Ministério Público Federal, que decide se
apresenta ou não denúncia à
Justiça Federal.
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