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Cúpula do TCE mineiro é acusada de corrupção
Corregedor do tribunal, Antônio Carlos Andrada, afirma que a PF se utiliza de métodos "nazistas e fascistas"
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO
HORIZONTE
Os três conselheiros que formam a cúpula do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de
Minas Gerais -presidente, vice-presidente e corregedor-,
foram informados ontem pela
Polícia Federal que estão indiciados na Operação Pasárgada,
sob a suspeita de corrupção
passiva, prevaricação e formação de quadrilha. Eles se mantiveram em silêncio durante depoimento na PF.
O próprio corregedor do órgão, conselheiro Antônio Carlos Andrada, anunciou, após a
saída da PF do prédio do TCE, o
comunicado da polícia. Além
dele, foram indiciados o presidente Elmo Braz e o vice-presidente Wanderley Ávila. Os três
são ex-deputados estaduais.
A PF diz ter fortes indícios de
que os corregedores, conforme
apurou a Folha, vêm adiando
julgamentos de ao menos três
contratos suspeitos de prefeituras com o Grupo SIM (consultoria fiscal) sendo um desses contratos com a Prefeitura
de Juiz de Fora, no valor total
de R$ 12,8 milhões.
Em março de 2007, o presidente do TCE recebeu uma denúncia que apontava a irregularidade, mas ainda não houve
julgamento, embora em maio o
corpo técnico do órgão tenha
concluído pela ilegalidade do
contrato sem licitação.
O Grupo SIM é suspeito de
pagar propinas para manter
contratos com prefeituras.
O caso tramita agora no STJ
(Superior Tribunal de Justiça).
Andrada disse que a PF se
utiliza de métodos "nazistas e
fascistas", pois informou os
conselheiros sobre os indiciamento, mas sem dizer quais são
as suspeitas contra eles. O Grupo SIM não se manifestou.
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